Sónia Cerdeira – i online
Passos insistiu no
apelo ao PS para refundar o Memorando, ou seja, reorganizar as funções do Estado
O secretário-geral
do PS, António José Seguro, rejeitou hoje rever a Constituição para “destruir o
Estado Social”. Ontem, o primeiro-ministro admitiu a possibilidade de rever a
Constituição devido à reorganização das funções do Estado que quer levar a
cabo.
“Com o PS não
haverá revisão constitucional para destruir o Estado Social”, respondeu hoje
Seguro, durante o debate na generalidade do Orçamento do Estado (OE). “Não será
uma maioria conjuntural e um governo incompetente que o destruirá”.
Para Seguro a
“refundação que faz falta em Portugal é a das suas ideias e dos seus caminhos.
Este sábado Passos disse ser precisa uma “refundação do Memorando”, tendo
clarificado ontem à noite que essa “refundação” passa por uma reorganização das
funções do Estado.
No discurso de
abertura do debate do OE, Passos voltou a apelar ao “maior partido da oposição”
e também aos parceiros sociais, “principalmente aos que tiveram coragem de
assinar o acordo tripartido”, para uma “reforma ambiciosa” no Estado de modo a
“assegurar o cumprimento do programa e preservar o Estado Social que todos
devemos defender”.
Ao apelo do
primeiro-ministro – que ontem disse que iria formalizar um convite ao PS -, Seguro
colocou-se de fora: “Nem a sua carta deixará de ter resposta, nem Portugal
deixará de ter uma alternativa ao seu governo”.
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