Trabalhadores da
Lusa e do Público em greve fazem protesto conjunto
Os trabalhadores da
Lusa cumprem hoje o terceiro dia de greve dos quatro dias que decidiram paralisar.
Ontem também os trabalhadores do jornal Público estiveram em greve, conforme
podemos ler no Jornal de Notícias de ontem no final do dia, conteúdo que
passamos a transcrever quase na íntegra.
“Os trabalhadores
do jornal "Público" e da Lusa concentraram-se sexta-feira de manhã,
frente às instalações do diário da Sonaecom, no Porto e em Lisboa, num protesto
conjunto entre os trabalhadores dos dois órgãos de comunicação social.
No Porto, o
protesto fez-se na Praça Coronel Pacheco, onde se localizam as redações da Lusa
e do Público na cidade. Seguiu-se um debate, sobre a atual situação do setor
promovido pelo curso de Jornalismo da Universidade do Porto.
Das 60 pessoas que
deveriam estar a trabalhar na redação do "Público", no Porto, apenas
cinco estão a laborar, explicou Abel Coentrão da Comissão de Trabalhadores. Na
redação do Porto, só um jornalista se apresentou ao trabalho.
Em Lisboa, dos 174
trabalhadores do "Público", apenas 45 estão ao serviço. À porta das
instalações do diário, estiveram quase 150 pessoas concentradas, trabalhadores
da Lusa e do "Público" e "muitos leitores que quiseram
solidarizar-se" na luta dos dois órgão de comunicação social, explicou
Sofia Lorena, da Comissão de Trabalhadores do jornal da Sonaecom.
A adesão na redação
do jornal "Público" em Lisboa a adesão é de 86%.
Na agência Lusa, a
adesão mantém-se idêntica à do primeiro dia de greve. Quinta-feira, apenas a
Direção de Informação, a Chefia de Redação e um jornalista trabalharam.
A distribuição do
serviço noticioso foi suspensa, quinta-feira, pelas 8 horas, e o Sindicato dos
Jornalistas prevê que assim se mantenha até ao final do paralisação.
A expectativa é de
que o nível de adesão se mantenha no fim de semana, disse Rosário Rato,
vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e jornalista na Agência Lusa.
Quinta-feira, em
nota aos clientes, a Lusa informou que "o serviço da agência foi
interrompido às 8 horas devido à greve dos trabalhadores". "O serviço
poderá ser restabelecido caso existam condições para tal. Se isso acontecer,
será emitida uma nova Nota aos Clientes", adiantava o mesmo despacho.
Os jornalistas do
"Público" cumprem um dia de paralisação contra o despedimento
coletivo de 48 trabalhadores. "Para lá da injustiça que representa para os
trabalhadores, o despedimento coletivo comprometerá irreversivelmente a
continuidade do Público como um jornal de referência", alertaram os
membros do Conselho de Redação, para quem o jornal nos últimos anos se tem
afastado da sua "matriz original".”
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