Ana Sá Lopes – i online
– imagem Carlos Monteiro
A maioria dos
inquiridos defende a existência de um tecto para reformas, mesmo abrangendo os
actuais pensionistas
É uma das questões
mais fracturantes que têm estado em debate na esfera pública. É legítimo ou não
que o governo venha a impor um tecto às pensões de reforma? A maioria dos
inquiridos na sondagem i/Pitagórica defende que é legítimo. Confrontados com a
pergunta “o governo deverá impor um valor máximo nas reformas do sector público
e privado?”, 71,6% dos inquiridos responderam que sim e apenas 28,4% disseram
que não.
Entre os 71,6% que
defendem a imposição de um tecto para reformas, 69,7% aceitam que o tecto seja
definido para todos – que inclua os actuais trabalhadores e não apenas os que
dão neste momento início à sua vida activa. Entre os que defendem tectos, 20,6%
são favoráveis a que uma nova regra deste género seja aplicada só aos novos
trabalhadores.
Mesmo confrontados
com o objectivo de equilibrar as contas públicas, a maioria dos inquiridos do
barómetro i/Pitagórica é contra a privatização total ou parcial da Caixa Geral
de Depósitos e contra a privatização (também total ou parcial) da RTP. Mesmo
assim, são mais os que defendem que a Caixa fique em mãos públicas – Passos
Coelho chegou a defender a privatização da Caixa Geral de Depósitos ainda antes
de ser primeiro-ministro, mas depois recuou perante o impacto negativo na
opinião pública – do que os que defendem que a RTP se mantenha na órbita do
Estado.
Assim, no que toca à Caixa Geral de Depósitos, 61,4% dizem “não” à privatização, contra apenas 17,1 de opiniões favoráveis. 21,5% não sabem ou não respondem à questão.
Quanto à RTP, 58,1%
são contra a sua privatização total ou parcial, contra 25,4% que a defendem
claramente. O universo de pessoas que “não sabem” ou “não respondem” diminui
relativamente à privatização da RTP: são apenas 16,5% dos inquiridos que
manifestam não ter opinião formada sobre esta questão.
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