terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sondagem i/Pitagórica. Tectos na reforma já são populares. Privatizar a RTP e a caixa não

 


Ana Sá Lopes – i online – imagem Carlos Monteiro
 
A maioria dos inquiridos defende a existência de um tecto para reformas, mesmo abrangendo os actuais pensionistas
 
É uma das questões mais fracturantes que têm estado em debate na esfera pública. É legítimo ou não que o governo venha a impor um tecto às pensões de reforma? A maioria dos inquiridos na sondagem i/Pitagórica defende que é legítimo. Confrontados com a pergunta “o governo deverá impor um valor máximo nas reformas do sector público e privado?”, 71,6% dos inquiridos responderam que sim e apenas 28,4% disseram que não.
 
Entre os 71,6% que defendem a imposição de um tecto para reformas, 69,7% aceitam que o tecto seja definido para todos – que inclua os actuais trabalhadores e não apenas os que dão neste momento início à sua vida activa. Entre os que defendem tectos, 20,6% são favoráveis a que uma nova regra deste género seja aplicada só aos novos trabalhadores.
 
Mesmo confrontados com o objectivo de equilibrar as contas públicas, a maioria dos inquiridos do barómetro i/Pitagórica é contra a privatização total ou parcial da Caixa Geral de Depósitos e contra a privatização (também total ou parcial) da RTP. Mesmo assim, são mais os que defendem que a Caixa fique em mãos públicas – Passos Coelho chegou a defender a privatização da Caixa Geral de Depósitos ainda antes de ser primeiro-ministro, mas depois recuou perante o impacto negativo na opinião pública – do que os que defendem que a RTP se mantenha na órbita do Estado.

Assim, no que toca à Caixa Geral de Depósitos, 61,4% dizem “não” à privatização, contra apenas 17,1 de opiniões favoráveis. 21,5% não sabem ou não respondem à questão.
 
Quanto à RTP, 58,1% são contra a sua privatização total ou parcial, contra 25,4% que a defendem claramente. O universo de pessoas que “não sabem” ou “não respondem” diminui relativamente à privatização da RTP: são apenas 16,5% dos inquiridos que manifestam não ter opinião formada sobre esta questão.
 
 
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