sábado, 27 de outubro de 2012

Timor-Leste: PERTAMINA FOI ATACADA ESTA MADRUGADA POR JOVENS

 

Timor Hau Nian Doben
 
Esta madrugada, cerca das duas horas locais, um grupo de jovens atacou e tentou incendiar a estação de combustível Pertamina, em Díli.
 
Este ataque à Pertamina foi o culminar de uma noite de conflitos entre grupos de jovens, num mercado perto desta estação de combustível.
 
De acordo com algumas testemunhas presentes no local, a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) foi muito lenta a atuar, apesar de terem recebido inúmeros telefonemas a relatar o que se estava a passar na zona do conflito. A PNTL apenas apareceu muitas horas depois dos acontecimentos.
 
A Pertamina é propriedade de Nilton Gusmão e da Esperança Timor Oan, uma companhia com sede em Taibesse. Gusmão é o dono de ambas as empresas referidas.
 
Nilton Gusmão é sobrinho do primeiro-ministro Xanana e a Pertamina é a empresa que fornece o combustível às viaturas pertencentes ao Estado timorense.
 
O sobrinho de Xanana Gusmão é quem tem ganho todos os concursos públicos ligados ao combustível em Timor-Leste.
 
Ler mais violência atual em Timor-Leste, em Página Global
 

5 comentários:

Anónimo disse...

Descolonização portuguesa facilitou invasão indonésia de Timor - investigador
27 de Outubro de 2012, 02:28

Lisboa, 26 out (Lusa) - O investigador da história de Timor, Fernando Augusto de Figueiredo, disse hoje à agência Lusa que a forma como Portugal deixou Timor-Leste facilitou a invasão indonésia da antiga colónia portuguesa.

"O processo de descolonização, como sabemos, foi muito atribulado, não foi preparado (...) o próprio processo de descolonização não foi um processo normal, não foi um processo pacífico, não foi um processo preparado, embora houvessem algumas pressões internacionais, nomeadamente das Nações Unidas", disse Fernando Augusto de Figueiredo, que lança hoje o livro "Timor - A Presença Portuguesa", no Museu do Oriente, em Lisboa.

Essas pressões, que, diz o investigador, começaram "muito cedo, na década de 1960", tinham como objetivo levar a ditadura portuguesa a preparar o futuro de Timor-Leste, até porque os holandeses já tinham atribuído a independência à Indonésia, em 1948, num processo que mereceu críticas pela forma desordenada como decorreu.

"Eram pressões no sentido de preparar o futuro de Timor, de preparar a administração, inserir cada vez mais os locais nessa administração e preparar o futuro de Timor através da preparação de elites locais capazes de tomarem conta, elas mesmas, desse território", frisou.

"A verdade é que não foi esse o caminho seguido, de forma orientada e consequente, pelo governo de Salazar e depois de Marcelo Caetano", acrescentou Fernando Augusto de Figueiredo.

O investigador do Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa relaciona também a falta de quadros locais com a guerra civil que engoliu o território após a saída do governo colonial português, em 1975, ano em que a Indonésia invadiu Timor.

"Quando surge a descolonização, a gente que está preparada para esse tipo de tarefas administrativas é pouca, há todo o um movimento revolucionário e de violência que se gera a partir daí e que, de algum modo, justifica depois a intervenção da Indonésia, que aconteceria de qualquer modo mas que encontrou pretextos para o fazer daquela maneira", acrescentou.

O livro de Fernando Augusto de Figueiredo retrata a presença portuguesa numa perspetiva histórica entre 1769, quando os portugueses se fixam em Díli, a capital timorense, e 1945, quando acaba a ocupação de Timor pelos japoneses, na segunda Guerra Mundial.

RBV //JMR.

Lusa/fim

Anónimo disse...

A VERGONHA DE PORTUGAL E DOS PORTUGUESES.

Anónimo disse...

Tenham tomates e publiquem esta noticia.Os capitoes de Abril deviam de ser responsaveis tambem pela morte de centenas de milhares de timorenses.

Página Global disse...

Na verdade parece que é de espantar este dr do livro ter só agora chegado a esta conclusão quando todos que conhecem a história de Timor sabem o que ele agora escreveu e de que tanto querem fazer crer que é novidade. Grande descoberta... O que o dr do livro conclui todos sabem desde há muito. Se existe quem não saiba é porque nunca se interessou em conhecer a verdade. Os portugueses têm responsabilidades, as responsabilidades inetentes a todos os processos de descolonização, é evidente. Mas os timorenses que posteriormente e agora são os "herois" corruptos que ocupam os poderes também têm e aí foi escolhida uma comissão de verdade para "limpar" essas responsabilidades que pertencem a todos os intervenientes mas decerto e principalmente aos que facilitaram a invasão indonésia ao iniciarem a divisão entre timorenses. Ramos Horta, Xanana, Carrascalões e outros "heróis pais da nação" foram quem dividiram e chefiaram as chacinas entre o povo timorense. Mas a esses não pedem nunca responsabilidades e até os adulam. Principalmente aqueles que lhes andam a lamber os pés e a contribuir para a corrupção e a fome da maioria dos timorenses que passam fome e carências de todos os tipos.
Todos os intervenientes devem assumir as suas responsabilidades. Os portugueses já se redimiram disso ao lutarem nas instâncias internacionais para que Timor fosse independente e democrático, a Indonésia já se redimiu... Parece que quem não se redimiu e está em falta à justiça dos homens e de Deus são aqueles que escolhem para vossos líderes e que roubam ainda o que pertence ao povo timorense. As chacinas foram responsabilidade dos portugueses ou é algo que está no sangue de uns quantos selvagens desumanos? Ainda há dias chacinaram pessoas, incluindo crianças... Responsabilidade dos portugueses? Dos indonésios? O dr do livro que experimente investigar e escrever sobre isso desde os primórdios e logo ficaremos a perceber muito melhor tudo isto.

Recado: A notícia da Lusa sobre o dr. do livro que nem traz nada de novo e que só para ignorantes é novidade, foi publicada no PG. Só que aqui Timor Leste é tratado como todos os países lusófonos e não tem trato diferente como anteriormente tinha. Países lusófonos... de que Timor Leste faz parte com algum favor porque raramente os timorenses sabem, falam ou escrevem em português. Porquê lusófono? Quase nem se sabe o que se passa no país porque está completamente fora da comunicação em português.

BG

Anónimo disse...

Eu pessoalmente gostaria de saber mais das “Eram pressões no sentido de preparar o futuro de Timor, de preparar a administração, inserir cada vez mais os locais nessa administração e preparar o futuro de Timor através da preparação de elites locais capazes de tomarem conta, elas mesmas, desse território". Surpreende me esta declaração. São evidentes em livros, que falam das lutas das independências de Angola, Cabo-Verde e Guiné Bissau e Moçambique, e que foram publicadas anos e anos antes da independência de Timor-Leste. Nestes livros, falam de uma retirada imediata de Portugal das colónias e não de ‘preparar’ como o aqui o refere o Dr Figueiredo. E quando se deu o 25 de Abril, já não havia mais possibilidades para esta ‘preparação’ pois os timorenses já perderam e os eventos internacionais pouco ajudava para Portugal ‘preparar’ os futuros líderes. Ler mais ou melhor mais pesquisas seria o melhor que posso dizer.

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