sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Guiné-Bissau: ELEIÇÕES INCLUSIVAS, PUNIÇÃO SEVERA, CASAMANÇA INOCENTE




EUA estão a "explorar" formas de apoiar eleições na Guiné-Bissau, diz representante em Bissau

31 de Outubro de 2012, 11:51

Bissau, 31 out (Lusa) - Os Estados Unidos estão "a explorar todas as maneiras" de apoiar eleições "transparentes e inclusivas" na Guiné-Bissau, disse hoje na capital guineense o representante de Washington.

Russel Hanks, o diretor de programas do Gabinete de Ligação Diplomática dos Estados Unidos em Bissau, reuniu-se hoje com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, para falar sobre o atual momento que se vive no país.

No passado dia 21, um quartel militar foi atacado e dos confrontos resultaram seis mortes. O caso trouxe maior instabilidade ao país, a braços com uma crise, depois de um golpe de Estado a 12 de abril passado.

Russel Hanks disse aos jornalistas que se reuniu com o Governo de transição "para saber mais sobre os acontecimentos recentes", mas também para falar sobre os direitos humanos e sobre o programa de transição.

O responsável não teceu considerações sobre os acontecimentos de dia 21, alegando que estão sob investigação, mas frisou que o processo de transição "tem de avançar" e que têm de ser criadas condições na Guiné-Bissau para, num "clima inclusivo", se "avançar para eleições" e voltar a "uma democracia transparente a aberta".

Os Estados Unidos já tinham dito que poderiam apoiar as eleições, previstas para abril, mas até agora não adiantaram mais pormenores.

A Guiné-Bissau está a ser gerida há cinco meses por um Governo de transição, que deverá conduzir o país até às eleições gerais, previstas para abril do próximo ano.

FP // VM.

Governo de transição da Guiné-Bissau garante punição severa para quem ataque estrangeiros

31 de Outubro de 2012, 18:18

Bissau, 31 out (Lusa) - O Governo de transição da Guiné-Bissau advertiu hoje que "agirá de forma implacável" contra quem ponha em perigo a vida e os bens de cidadãos estrangeiros residentes no país.

Em comunicado, o Governo diz também que a segurança de pessoas e bens foi reforçada em todo o território nacional e que "estão criadas todas as condições para a continuidade da vivência quotidiana de paz e segurança que têm caracterizado a vigência social dos últimos tempos".

Num comunicado divulgado após uma reunião do Conselho de Ministros, o Governo de transição acusa o primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, de estar a dirigir de fora do país "ações de desinformação, de desestabilização e da promoção da violência" na Guiné-Bissau.

Independentistas de Casamança negam qualquer envolvimento nos conflitos da Guiné-Bissau

01 de Novembro de 2012, 12:38

Bissau, 01 nov (Lusa) - O Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), que luta pela independência do território face ao Senegal, nega qualquer envolvimento nos problemas da Guiné-Bissau, nomeadamente no caso de 21 de outubro.

"Nós reconhecemos com firmeza que nem um único soldado tomou parte no problema de 21 de outubro, como enviado em missão para a operação em discussão neste momento", diz um comunicado do MFDC hoje divulgado em Bissau.

A 21 de outubro passado registou-se um conflito no quartel de para-comandos de Bissau do qual resultaram seis mortes. O governo de transição da Guiné-Bissau disse na altura que alguns dos mortos eram da região de Casamança, onde o MFDC luta pela independência em relação ao Senegal desde 1990.

No comunicado, o MFDC nega qualquer envolvimento quer no caso de 21 de outubro, quer no golpe de Estado de 12 de abril passado, quer em qualquer ataque a contingentes senegaleses em deslocação para a Guiné-Bissau.

De acordo com o documento, as diferentes alas do MFDC "estão empenhadas em encontrar a sua união" para "poder participar na procura de uma solução pacífica do conflito" e é nisso que o movimento "deve mostrar toda a dedicação".

O MFDC acusa o governo do Senegal de "semear a discórdia entre a Guiné-Bissau e Casamança" para "bloquear o processo de reconciliação já iniciado".

"Para o MFDC, querer a paz na sua Casamança não é uma questão de desestabilizar a Guiné-Bissau, pelo contrário, é rezar pela paz na Guiné-Bissau, que poderá acompanhar-nos no processo de procura da paz em Casamança", diz o comunicado.

O MFDC pede a "todos os atores do atual conflito na Guiné-Bissau para a preservação" da "ancestral amizade", e ao povo guineense pede para "que tome como prioridade o diálogo" na resolução dos problemas.

O MFDC "declara o seu compromisso para uma resolução pacífica e inclusiva do conflito em Casamança pela via diálogo e negociações entre o novo governo do Senegal e o MFDC unificado".

FP // MBA

*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG

Leia mais sobre Guiné-Bissau (símbolo na barra lateral)

Sem comentários:

Mais lidas da semana