EUA estão a
"explorar" formas de apoiar eleições na Guiné-Bissau, diz
representante em Bissau
31 de Outubro de
2012, 11:51
Bissau, 31 out
(Lusa) - Os Estados Unidos estão "a explorar todas as maneiras" de
apoiar eleições "transparentes e inclusivas" na Guiné-Bissau, disse
hoje na capital guineense o representante de Washington.
Russel Hanks, o
diretor de programas do Gabinete de Ligação Diplomática dos Estados Unidos em
Bissau, reuniu-se hoje com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros,
para falar sobre o atual momento que se vive no país.
No passado dia 21,
um quartel militar foi atacado e dos confrontos resultaram seis mortes. O caso
trouxe maior instabilidade ao país, a braços com uma crise, depois de um golpe
de Estado a 12 de abril passado.
Russel Hanks disse
aos jornalistas que se reuniu com o Governo de transição "para saber mais
sobre os acontecimentos recentes", mas também para falar sobre os direitos
humanos e sobre o programa de transição.
O responsável não
teceu considerações sobre os acontecimentos de dia 21, alegando que estão sob
investigação, mas frisou que o processo de transição "tem de avançar"
e que têm de ser criadas condições na Guiné-Bissau para, num "clima
inclusivo", se "avançar para eleições" e voltar a "uma
democracia transparente a aberta".
Os Estados Unidos
já tinham dito que poderiam apoiar as eleições, previstas para abril, mas até
agora não adiantaram mais pormenores.
A Guiné-Bissau está
a ser gerida há cinco meses por um Governo de transição, que deverá conduzir o
país até às eleições gerais, previstas para abril do próximo ano.
FP // VM.
Governo de
transição da Guiné-Bissau garante punição severa para quem ataque estrangeiros
31 de Outubro de
2012, 18:18
Bissau, 31 out
(Lusa) - O Governo de transição da Guiné-Bissau advertiu hoje que "agirá
de forma implacável" contra quem ponha em perigo a vida e os bens de
cidadãos estrangeiros residentes no país.
Em comunicado, o
Governo diz também que a segurança de pessoas e bens foi reforçada em todo o
território nacional e que "estão criadas todas as condições para a
continuidade da vivência quotidiana de paz e segurança que têm caracterizado a
vigência social dos últimos tempos".
Num comunicado
divulgado após uma reunião do Conselho de Ministros, o Governo de transição
acusa o primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, de estar a dirigir de
fora do país "ações de desinformação, de desestabilização e da promoção da
violência" na Guiné-Bissau.
Independentistas de
Casamança negam qualquer envolvimento nos conflitos da Guiné-Bissau
01 de Novembro de
2012, 12:38
Bissau, 01 nov
(Lusa) - O Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), que luta pela
independência do território face ao Senegal, nega qualquer envolvimento nos
problemas da Guiné-Bissau, nomeadamente no caso de 21 de outubro.
"Nós
reconhecemos com firmeza que nem um único soldado tomou parte no problema de 21
de outubro, como enviado em missão para a operação em discussão neste
momento", diz um comunicado do MFDC hoje divulgado em Bissau.
A 21 de outubro
passado registou-se um conflito no quartel de para-comandos de Bissau do qual
resultaram seis mortes. O governo de transição da Guiné-Bissau disse na altura
que alguns dos mortos eram da região de Casamança, onde o MFDC luta pela
independência em relação ao Senegal desde 1990.
No comunicado, o
MFDC nega qualquer envolvimento quer no caso de 21 de outubro, quer no golpe de
Estado de 12 de abril passado, quer em qualquer ataque a contingentes
senegaleses em deslocação para a Guiné-Bissau.
De acordo com o
documento, as diferentes alas do MFDC "estão empenhadas em encontrar a sua
união" para "poder participar na procura de uma solução pacífica do
conflito" e é nisso que o movimento "deve mostrar toda a dedicação".
O MFDC acusa o
governo do Senegal de "semear a discórdia entre a Guiné-Bissau e
Casamança" para "bloquear o processo de reconciliação já
iniciado".
"Para o MFDC,
querer a paz na sua Casamança não é uma questão de desestabilizar a
Guiné-Bissau, pelo contrário, é rezar pela paz na Guiné-Bissau, que poderá
acompanhar-nos no processo de procura da paz em Casamança", diz o
comunicado.
O MFDC pede a
"todos os atores do atual conflito na Guiné-Bissau para a
preservação" da "ancestral amizade", e ao povo guineense pede
para "que tome como prioridade o diálogo" na resolução dos problemas.
O MFDC
"declara o seu compromisso para uma resolução pacífica e inclusiva do
conflito em Casamança pela via diálogo e negociações entre o novo governo do
Senegal e o MFDC unificado".
FP // MBA
*O título nos
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