terça-feira, 20 de novembro de 2012

Moçambique: “POBRES CADA VEZ MAIS POBRES”, SIMANGO CANDIDATO A PRESIDENTE

 


Bispos moçambicanos denunciam que os pobres "são cada vez mais pobres"
 
20 de Novembro de 2012, 07:23
 
Maputo, 20 nov (Lusa) - A hierarquia católica moçambicana considera que, 20 anos após a assinatura do acordo de paz no país, a população tem uma vida muito dura e, "não obstante a maior riqueza, os pobres são cada vez mais pobres".
 
Em comunicado, a Conferência Episcopal de Moçambique considera que o povo "vive num ambiente de grande insatisfação e ansiedade", em resultado de precárias condições de vida e de segurança.
 
"Assistimos à ocupação de terras por parte dos megaprojetos que obrigam as populações a abandonarem os seus lugares naturais de residência e de cultivo", denunciam os bispos católicos.
 
A grande explosão da indústria extrativa em Moçambique, bem como a construção de infraestruturas, como estradas e pontes, tem provocado o deslocamento forçado de milhares de pessoas para locais afastados dos das suas residências originais.
 
O documento refere ainda o "aumento da criminalidade, com assaltos á mão armada em casa, nas ruas, nas praças, tanto nas cidades e quanto nas vilas e nas aldeias".
 
Os bispos concluem que a vida das populações "está marcada por uma situação de pobreza acentuada, sobretudo nas zonas rurais do país".
 
LAS // PMC
 
Daviz Simango é o candidato do MDM à Presidência moçambicana
 
20 de Novembro de 2012, 08:33
 
Maputo, 20 nov (Lusa) - Daviz Simango, presidente do município da Beira e líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, anunciou que vai disputar as presidenciais de 2014, tornando-se no primeiro candidato assumido à Ponta Vermelha.
 
"Pelo desenrolar dos acontecimentos, não restam dúvidas que continuarei a ser o presidente do MDM e serei o candidato à Presidência da República nas próximas eleições gerais. Que não haja dúvida", garantiu Simango, falando no fim de semana na Beira, no centro de Moçambique.
 
O MDM realiza o seu primeiro congresso no início de dezembro, para desenhar as estratégias para as eleições autárquicas de 2013 e provinciais e gerais de 2014.
 
"O congresso irá apenas formalizar a intenção dos militantes", assegurou Simango.
 
Com 48 anos, dirigindo a segunda cidade de Moçambique, Daviz Simango tem uma vida ligada aos dois outros partidos moçambicanos, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, e Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força da oposição.
 
O seu pai, Uria Simango, foi um dos fundadores da Frelimo mas caiu em desgraça e foi morto quando este partido tomou o poder em 1975, em circunstâncias nunca esclarecidas, desconhecendo-se a data e o local da sua execução e o destino dado ao corpo.
 
Daviz Simango chegou à política pela mão da Renamo, mas entrou em choque com o líder deste partido, Afonso Dhlakama, que recusou a sua recandidatura ao município da Beira, em 2008.
 
Em resultado, Simango fundou um novo partido, MDM, arrebatou a importante cidade da Beira à Renamo, que ficou sem autarquias, e elegeu oito deputados à Assembleia da República de Moçambique.
 
Com este anúncio, o líder do MDM tornou-se no primeiro candidato assumido às presidenciais de 2014, marcadas pela sucessão do atual Presidente, Armando Guebuza, impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.
 
A Frelimo ainda não revelou quem será o seu candidato à sucessão do atual chefe de Estado, decisão que será tomada pelo comité central do partido no poder desde 1975 e dirigido pelo próprio Guebuza.
 
Já a Renamo, que tem sempre candidatado sem sucesso o seu líder, Afonso Dhlakama, ameaça impedir a realização das eleições, afirmando que os acordos de paz assinados em 1992 não estão a ser cumpridos e contestando a lei eleitoral.
 
LAS // VM.
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana