quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Portugal: CHEFIAS MILITARES - DA BRIGADA DO REUMÁTICO À DOS LAMBE-BOTAS?

 


Redação PG, com TSF
 
As chefias militares condenaram as atitudes públicas dos militares que têm contestado as políticas do (des)governo de Passos Coelho relativas aos diversos ramos das Forças Armadas. Uma condenação inusitada e servil perante os atuais poderes que pode muito bem ser considerada ter origem numa Brigada de Lambe Botas.
 
Antes de 25 de Abril de 1974 era sabido que para além das chefias serem compostas por uma brigada similar aqueles também eram denominados Brigada do Reumático em consideração às suas idades, mentalidades compostas por um conservadorismo fascizante. Ocorre porém que as atuais chefias são mais jovens e, que se saiba, não são oriundas das parasitantes juventudes partidárias como muitos dos atuais (des)governantes, o que leva a supor aos cidadãos comuns que só podem ser constituidas por lambe-botas ou lambe-ministros, independentemente da desconsideração que eles infligem à instituição militar e à soberania da Pátria que os militares juraram defender com a sua própria vida. E a soberania da Pátria inclui os direitos constitucionais e a democracia. Que se saiba os militares contestários e patrióticos não têm violado estes direitos.
 
As presentes chefias militares deviam estar recordadas de que uma vasta maioria de portugueses foram militares por fruto (salazarento) da demorada guerra colonial. É assim que mesmo depois de um ex-combatente ou, simplesmente, um ex-militar regressar à vida cívil dificilmente perde as suas caracteristicas de camaradagem e patrioticas com os que - mesmo passado muitos anos - constituem e são o efetivo corpo daquela instituição. Sendo por isso sensiveis e atentos a quase tudo que diga respeito à família militar. Ora, atentamente, cidadão algum se apercebeu de irregularidades e comportamentos condenáveis por parte dos militares contestarios, o que poderá levar-nos com eventual legitimidade a admitir a possibilidade de estarmos perante uma Brigada de Lambe-Botas nas chefias militares. Era o que faltava neste Portugal tão deslavado de valores. Se assim não é o melhor será explicarem-se convenientemente e sem sofismas porque tal atitude é muito preocupante.
 
Segue a notícia, para que melhor se entenda.
 
Associações desagradadas com condenação de chefias militares
 
TSF
 
A Associação Nacional de Sargentos diz que esta condenação pode ter tido dedo político, ao passo que os oficiais das Forças Armadas acusam as chefias de ter «posturas descabidas».
 
As associações militares dizem estar surpreendidas e desagradas com a condenação das suas chefias, que criticaram as atitudes públicas destas associações, num comunicado publicado na página da Internet do Exército.
 
Para o presidente da Associação Nacional de Sargentos, o comunicado do Conselho de Chefes do Estado Maior «possa ter sido movido ou acionado pelo poder político no sentido de criar clivagens e divisões entre os militares».
 
Lima Coelho lembrou que «não seria a primeira vez que tal aconteceria» e disse ter ficado preocupado com o facto de o secretário de Estado ter indicado que estava a preparar todas as medidas relativas ao Orçamento com as chefias militares.
 
Segundo esta associação, todas as manifestações e processos em que têm participado estão consagrados na lei e não envergonham as forças militares, ao contrário do que os chefes militares disseram em comunicado.
 
O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas entende que todos os militares, sejam chefes ou não, deveriam rumar no mesmo sentido e que se alguém está a «manchar a postura institucional das Forças Armadas são posturas descabidas» como as tomadas pelas chefias militares.
 
«Não faz sentido que duas instituições, as chefias e associações profissionais, que concorrem, embora de maneira diferente, para atingir determinados objetivos e depois se venha dizer que uma parte está a agir em desconformidade com algo cuja referência desconheço», adiantou Manuel Cracel.
 
Esta associação diz mesmo desconhecer aquilo que foi feito pelas chefias militares para salvaguardar as condições dos militares no Orçamento de Estado para 2013.
 

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