sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Seca em Angola pode ter efeitos "devastadores" - Cruz Vermelha Internacional

 

EL – HB - Lusa
 
Genebra, 15 nov (Lusa) - A atual situação de seca em Angola, que afeta cerca de 1,8 milhões de pessoas em 10 das 18 províncias, poderá ter efeitos devastadores se não for garantida ajuda de emergência, anunciou a Federação Internacional da Cruz Vermelha (IFRC).
 
A diminuição "dramática" da produção agrícola, que a IFRC calcula ser de menos de cerca de 400 mil toneladas, vai potenciar a malnutrição das crianças menores de cinco anos.
 
Atualmente, a malnutrição já atinge 533 mil crianças com menos de cinco anos, nota a IFRC, que prevê que 20 por cento daquelas crianças possam vir a sofrer de malnutrição severa, daí poder resultar uma taxa de mortalidade de 20 por cento, o que representa entre 20 mil e 25 mil crianças.
 
O alerta, com a descrição da atual situação resultante da seca, consta de um apelo de emergência lançado no passado dia 13 para a reunião de apoios à Cruz Vermelha de Angola (CVA), no valor de 1,3 milhões de euros, para ajudar 60 mil pessoas nas províncias do Bié, Cuanza Sul e Huambo.
 
Segundo a IFRC, o Governo angolano não declarou o estado de emergência nem oficializou nenhum apelo internacional, mas concordou que fosse lançado este apelo de emergência para apoiar a CVA.
 
"As necessidades são enormes e aumentam especialmente no período de maior escassez de alimentos - entre novembro e março. Até agora a resposta da comunidade internacional tem sido fraca. As eleições gerais realizadas em agosto desviaram a atenção da crise de segurança alimentar", salienta a IFRC.
 
A época agrícola de 2011-2012 em Angola foi marcada pela acentuada diminuição de chuvas, cerca de 60 por cento quando se compara com anos normais, de que resultaram as atuais condições de seca.
 
As 10 províncias mais afetadas são Bengo, Benguela, Bié, Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huíla, Moxico, Namibe e Zaire.
 

1 comentário:

Anónimo disse...


CHOVE EM ANGOLA.


1 - Neste momento vai chovendo em toda Angola e o espectro da fome pode ser atenuado.

2 - Provavelmente haverá produção em muitas regiões que não poderá ainda ser escuada e essa é uma das dificuldades correntes.

3 - Há contudo necessidade urgente de muito maior capacidade de controlo e de gestão sobre os recursos hídricos do interior.

4 - De facto as insuficiências de controlo e gestão não têm permitido a acumulação de reservas aquíferas, a fim de suprir as dificuldades nos períodos de estiagem.

5 - Essas insuficiências ocorrem desde logo sobre o controlo e a gestão das nascentes dos grandes rios, pelo que se torna urgente a adopção de medidas particularmente na REGIÃO CENTRAL DAS GRANDES NASCENTES, para depois dar sequência no curso intermédio dos rios e por fim nas fronteiras!

6 - Está-se a seguir uma estratégia ao contrário, apesar dos evidentes benefícios que mesmo assim socorrem Angola: controlam-se e gerem-se os parques trans-fronteiriços... mas esquece-se a REGIÃO CENTRAL DAS GRANDES NASCENTES!...

Martinho Júnior.

Luanda.

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