quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Timor-Leste: UNIDADE E DESEMPREGO, SONHOS DOS IDOS, REUNIDOS PELA INDEPENDÊNCIA

 


PR de Timor-Leste pede unidade e trabalho para desenvolver país
 
28 de Novembro de 2012, 07:42
 
Díli, 28 nov (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, afirmou hoje em Same, distrito de Manufahi, que a unidade e o trabalho de todos os timorenses são condições estratégicas para desenvolver o país.
 
Taur Matan Ruak discursava em Same, perante milhares de pessoas, por ocasião do 37º aniversário da proclamação unilateral da independência do país e do centenário da revolta de Manufahi, dedicados ao tema unidade e reconciliação nacional.
 
"A unidade do povo foi a condição estratégica da vitória e da restauração da independência. Hoje, a unidade continua a ser condição estratégica para o êxito do nosso desígnio nacional e a construção do futuro", afirmou o chefe de Estado timorense.
 
Segundo Taur Matan Ruak, para o país vencer as "novas batalhas" é preciso "tempo, unidade de propósito e o trabalho de todos".
 
"As tarefas que temos pela frente não aparecem feitas sozinhas. Todos os cidadãos têm de contribuir", salientou.
 
Para o Presidente timorense, os investimentos feitos na educação e saúde só vão atingir os objetivos previstos se houver "mobilização das famílias para apoiar a educação das crianças".
 
"Em 2013, vamos ter próximo de mil médicos timorenses a trabalharem em todo o território nacional, mas sem a mobilização das famílias, não é possível reduzir os mosquitos e as picadas, nem garantir a limpeza das casas e do ambiente das aldeias para reduzir as doenças e melhorar a saúde da população", disse.
 
No discurso, o Presidente explicou também à população que o "povo não é simples espetador do desenvolvimento do país".
 
"O povo tem de tornar-se o autor e responsável do processo de desenvolvimento ao serviço da comunidade. Precisamos de trabalhar com honestidade e viver com simplicidade", afirmou.
 
Timor-Leste celebra hoje em Same, no distrito de Manufahi, a cerca de 100 quilómetros a sul de Díli, os 100 anos da revolta de Manufahi e os 37 anos de proclamação unilateral da independência pela Fretilin, uma semana antes da invasão indonésia.
 
A revolta de Manufahi teve início no Natal de 1911, depois da morte do comandante militar de Same, o tenente português Luiz Álvares da Silva, a mando do rei de Manufahi, Boaventura da Costa Sottomayor.
 
Nas cerimónias participaram além dos membros do governo e corpo diplomático, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Fonseca, e o ministro dos Transportes de Moçambique, Paulo Zucula.
 
MSE // PMC
 
"Vou tentar realizar todos os sonhos daqueles que deram a vida para libertar Timor-Leste" -- Mari Alkatiri
 
28 de Novembro de 2012, 08:55
 
Díli, 28 nov (Lusa) - O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, disse hoje que vai fazer os possíveis para realizar os sonhos daqueles que morreram para libertar o país.
 
Mari Alkatiri falava à imprensa no final das cerimónias para comemorar o 37.º aniversário da proclamação unilateral da independência do país e do centenário da revolta de Manufahi, liderada por Dom Boaventura.
 
"Foram 37 anos, dos quais 24 foram anos muito duros, porque os fundadores desta Nação, desta proclamação, quase todos deixaram de existir e coube-me a mim representá-los e vou tentar fazer os possíveis para realizar todos os sonhos daqueles que deram as suas vidas para libertar o país", afirmou.
 
Hoje coube ao secretário-geral da Fretilin ler perante milhares de pessoas a carta de proclamação unilateral da independência do país, ocorrida a 28 de novembro de 1975, por aquele partido, através do antigo Presidente timorense Francisco Xavier do Amaral, falecido este ano.
 
Nove dias depois da proclamação da independência, Timor-Leste foi invadido pela Indonésia. A ocupação só teria fim em 1999, na sequência de um referendo em que os timorenses escolheram a independência, restaurada a 20 de maio de 2002.
 
"A mensagem que eu trago é de reforçar a unidade nacional, mas a olhar para a frente. A unidade nacional pensando no passado não serve para nada, a unidade nacional é a pensar no futuro", salientou Mari Alkatiri.
 
Para o líder da oposição, que durante os 24 anos de ocupação indonésia lutou no exterior, na frente diplomática, pelo reconhecimento da independência do país, se a proclamação não tivesse ocorrido em 1975 a luta teria sido mais difícil.
 
"A luta teria sido mais difícil, porque as pessoas não se identificavam com nada. Com a proclamação o povo começou a identificar-se com um Estado, embora embrionário, era um Estado que existia", disse.
 
Para o futuro, Mari Alkatiri disse que o "mais importante é combater a pobreza sem definir inimigos".
 
"Todos nós somos amigos, aliados", acrescentou.
 
MSE // VM.
 
Milhares de timorenses reunidos em Same para 37.º aniversário da proclamação da independência
 
28 de Novembro de 2012, 09:07
 
Díli, 28 nov (Lusa) - Milhares de pessoas participaram hoje em Same, distrito de Manufahi, nas cerimónias do 37.º aniversário da proclamação unilateral da independência de Timor-Leste e do centenário da revolta de Manufahi, liderada por Dom Boaventura.
 
Os milhares de convidados foram reunidos na base de Luak, a cerca de seis quilómetros de Same, onde Dom Boaventura assentou arraiais para lutar contra a ocupação portuguesa há 100 anos, e local escolhido para colocar a nova estátua ao primeiro herói timorense.
 
As cerimónias, dedicadas ao tema unidade e reconciliação nacional, começaram com a inauguração da estátua pelo Presidente timorense, Taur Matan Ruak, e pelo seu homólogo de Cabo Verde, Jorge Fonseca, que inicia na quinta-feira uma visita oficial ao país.
 
Depois de içada a bandeira ao som do hino nacional, cantado pelo coro da Universidade Nacional de Timor-Leste, foi a vez de Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), ler a carta da proclamação unilateral da independência.
 
A proclamação unilateral da independência foi feita pela Fretilin a 28 de novembro de 1975. Nove dias depois, Timor-Leste foi invadido pela Indonésia.
 
A cerimónia prosseguiu com um discurso de Taur Matan Ruak, que pediu aos timorenses mais trabalho e unidade para o desenvolvimento do país, que restaurou a independência em 2002.
 
As celebrações oficiais terminaram com uma parada, onde participaram as forças de defesa e segurança, funcionários públicos de Same, bombeiros e estudantes.
 
MSE // VM.
 
Chefes da Polícia da CPLP querem melhorar troca de informações e reforçar formação
 
29 de Novembro de 2012, 09:37
 
Díli, 29 nov (Lusa) - A VI reunião do Conselho dos Chefes da Polícia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) terminou hoje em Díli, Timor-Leste, com o compromisso de continuar a aperfeiçoar a troca de informações policiais e reforçar a formação.
 
"Ficou decidido incrementar a troca de informações para melhor combate ao crime organizado e tráfico de droga", afirmou o comandante-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste, comissário Longuinhos Monteiro, cujo país assumiu a presidência daquele órgão.
 
Em comunicado divulgado à imprensa, o Conselho dos Chefes da Polícia da CPLP destaca também como principais conclusões do evento a "aprovação do Plano de Ação da Comissão de Policiamento de Proximidade e Prevenção Criminal", cujos conteúdos vão passar a estar acessíveis através de um sítio na Internet.
 
Os chefes da polícia da CPLP chegaram a consenso sobre a organização, no próximo ano, de um curso de formação e partilha de boas práticas policiais em matéria de controlo de armas e explosivos.
 
O documento final refere também a decisão de "manter, no âmbito das suas prioridades, as questões relativas à igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, no seio das respetivas instituições".
 
A reunião, que hoje terminou, teve início na segunda-feira e contou com a presença de responsáveis máximos e peritos das forças e serviços de segurança de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.
 
MSE // VM.
 

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