PR de Timor-Leste
pede unidade e trabalho para desenvolver país
28 de Novembro de
2012, 07:42
Díli, 28 nov (Lusa)
- O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, afirmou hoje em Same, distrito
de Manufahi, que a unidade e o trabalho de todos os timorenses são condições
estratégicas para desenvolver o país.
Taur Matan Ruak
discursava em Same, perante milhares de pessoas, por ocasião do 37º aniversário
da proclamação unilateral da independência do país e do centenário da revolta
de Manufahi, dedicados ao tema unidade e reconciliação nacional.
"A unidade do
povo foi a condição estratégica da vitória e da restauração da independência.
Hoje, a unidade continua a ser condição estratégica para o êxito do nosso
desígnio nacional e a construção do futuro", afirmou o chefe de Estado
timorense.
Segundo Taur Matan
Ruak, para o país vencer as "novas batalhas" é preciso "tempo,
unidade de propósito e o trabalho de todos".
"As tarefas
que temos pela frente não aparecem feitas sozinhas. Todos os cidadãos têm de
contribuir", salientou.
Para o Presidente
timorense, os investimentos feitos na educação e saúde só vão atingir os
objetivos previstos se houver "mobilização das famílias para apoiar a
educação das crianças".
"Em 2013,
vamos ter próximo de mil médicos timorenses a trabalharem em todo o território
nacional, mas sem a mobilização das famílias, não é possível reduzir os
mosquitos e as picadas, nem garantir a limpeza das casas e do ambiente das
aldeias para reduzir as doenças e melhorar a saúde da população", disse.
No discurso, o
Presidente explicou também à população que o "povo não é simples espetador
do desenvolvimento do país".
"O povo tem de
tornar-se o autor e responsável do processo de desenvolvimento ao serviço da
comunidade. Precisamos de trabalhar com honestidade e viver com
simplicidade", afirmou.
Timor-Leste celebra
hoje em Same, no distrito de Manufahi, a cerca de 100 quilómetros a sul de
Díli, os 100 anos da revolta de Manufahi e os 37 anos de proclamação unilateral
da independência pela Fretilin, uma semana antes da invasão indonésia.
A revolta de
Manufahi teve início no Natal de 1911, depois da morte do comandante militar de
Same, o tenente português Luiz Álvares da Silva, a mando do rei de Manufahi,
Boaventura da Costa Sottomayor.
Nas cerimónias
participaram além dos membros do governo e corpo diplomático, o Presidente de
Cabo Verde, Jorge Fonseca, e o ministro dos Transportes de Moçambique, Paulo
Zucula.
MSE // PMC
"Vou tentar
realizar todos os sonhos daqueles que deram a vida para libertar
Timor-Leste" -- Mari Alkatiri
28 de Novembro de
2012, 08:55
Díli, 28 nov (Lusa)
- O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente
(Fretilin), Mari Alkatiri, disse hoje que vai fazer os possíveis para realizar
os sonhos daqueles que morreram para libertar o país.
Mari Alkatiri
falava à imprensa no final das cerimónias para comemorar o 37.º aniversário da
proclamação unilateral da independência do país e do centenário da revolta de
Manufahi, liderada por Dom Boaventura.
"Foram 37
anos, dos quais 24 foram anos muito duros, porque os fundadores desta Nação,
desta proclamação, quase todos deixaram de existir e coube-me a mim
representá-los e vou tentar fazer os possíveis para realizar todos os sonhos
daqueles que deram as suas vidas para libertar o país", afirmou.
Hoje coube ao
secretário-geral da Fretilin ler perante milhares de pessoas a carta de
proclamação unilateral da independência do país, ocorrida a 28 de novembro de
1975, por aquele partido, através do antigo Presidente timorense Francisco
Xavier do Amaral, falecido este ano.
Nove dias depois da
proclamação da independência, Timor-Leste foi invadido pela Indonésia. A
ocupação só teria fim em 1999, na sequência de um referendo em que os
timorenses escolheram a independência, restaurada a 20 de maio de 2002.
"A mensagem
que eu trago é de reforçar a unidade nacional, mas a olhar para a frente. A
unidade nacional pensando no passado não serve para nada, a unidade nacional é
a pensar no futuro", salientou Mari Alkatiri.
Para o líder da
oposição, que durante os 24 anos de ocupação indonésia lutou no exterior, na
frente diplomática, pelo reconhecimento da independência do país, se a
proclamação não tivesse ocorrido em 1975 a luta teria sido mais difícil.
"A luta teria
sido mais difícil, porque as pessoas não se identificavam com nada. Com a
proclamação o povo começou a identificar-se com um Estado, embora embrionário,
era um Estado que existia", disse.
Para o futuro, Mari
Alkatiri disse que o "mais importante é combater a pobreza sem definir
inimigos".
"Todos nós
somos amigos, aliados", acrescentou.
MSE // VM.
Milhares de
timorenses reunidos em Same para 37.º aniversário da proclamação da independência
28 de Novembro de
2012, 09:07
Díli, 28 nov (Lusa)
- Milhares de pessoas participaram hoje em Same, distrito de Manufahi, nas
cerimónias do 37.º aniversário da proclamação unilateral da independência de
Timor-Leste e do centenário da revolta de Manufahi, liderada por Dom
Boaventura.
Os milhares de
convidados foram reunidos na base de Luak, a cerca de seis quilómetros de Same,
onde Dom Boaventura assentou arraiais para lutar contra a ocupação portuguesa
há 100 anos, e local escolhido para colocar a nova estátua ao primeiro herói
timorense.
As cerimónias,
dedicadas ao tema unidade e reconciliação nacional, começaram com a inauguração
da estátua pelo Presidente timorense, Taur Matan Ruak, e pelo seu homólogo de
Cabo Verde, Jorge Fonseca, que inicia na quinta-feira uma visita oficial ao
país.
Depois de içada a
bandeira ao som do hino nacional, cantado pelo coro da Universidade Nacional de
Timor-Leste, foi a vez de Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente
Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), ler a carta da
proclamação unilateral da independência.
A proclamação
unilateral da independência foi feita pela Fretilin a 28 de novembro de 1975.
Nove dias depois, Timor-Leste foi invadido pela Indonésia.
A cerimónia
prosseguiu com um discurso de Taur Matan Ruak, que pediu aos timorenses mais
trabalho e unidade para o desenvolvimento do país, que restaurou a
independência em 2002.
As celebrações
oficiais terminaram com uma parada, onde participaram as forças de defesa e
segurança, funcionários públicos de Same, bombeiros e estudantes.
MSE // VM.
Chefes da Polícia
da CPLP querem melhorar troca de informações e reforçar formação
29 de Novembro de
2012, 09:37
Díli, 29 nov (Lusa)
- A VI reunião do Conselho dos Chefes da Polícia da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) terminou hoje em Díli, Timor-Leste, com o compromisso
de continuar a aperfeiçoar a troca de informações policiais e reforçar a
formação.
"Ficou
decidido incrementar a troca de informações para melhor combate ao crime
organizado e tráfico de droga", afirmou o comandante-geral da Polícia
Nacional de Timor-Leste, comissário Longuinhos Monteiro, cujo país assumiu a
presidência daquele órgão.
Em comunicado
divulgado à imprensa, o Conselho dos Chefes da Polícia da CPLP destaca também
como principais conclusões do evento a "aprovação do Plano de Ação da
Comissão de Policiamento de Proximidade e Prevenção Criminal", cujos
conteúdos vão passar a estar acessíveis através de um sítio na Internet.
Os chefes da
polícia da CPLP chegaram a consenso sobre a organização, no próximo ano, de um curso
de formação e partilha de boas práticas policiais em matéria de controlo de
armas e explosivos.
O documento final
refere também a decisão de "manter, no âmbito das suas prioridades, as
questões relativas à igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, no
seio das respetivas instituições".
A reunião, que hoje
terminou, teve início na segunda-feira e contou com a presença de responsáveis
máximos e peritos das forças e serviços de segurança de Angola, Brasil, Cabo
Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.
MSE // VM.
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