EL - VC – Lusa, com foto António Cotrim
Luanda, 02 nov
(Lusa) - O presidente executivo da Portugal Telecom (PT) reafirmou a aposta da
empresa em Angola, através das parcerias estratégicas que mantém com as
operadoras Unitel e Multitel, numa entrevista publicada hoje pelo diário
estatal Jornal de Angola.
"Em Angola nós
temos dois investimentos: um na Unitel e outro na Multitel. São duas parcerias
importantes, estratégicas para o grupo PT", disse Zeinal Bava.
No caso da Unitel,
principal operadora no mercado e em cujo capital social participa com a
petrolífera angolana Sonangol e Isabel dos Santos, filha do Presidente José
Eduardo dos Santos, Zeinal Bava destacou o "trabalho extraordinário"
levado a cabo pela empresa na parte da engenharia.
"(A Unitel) é
uma empresa angolana que conseguiu criar recursos humanos para ela própria
poder caminhar. No início, a Portugal Telecom apoiou. A empresa cresceu e hoje
tem recursos próprios, nas principais posições estão angolanos. É um bom
exemplo de uma parceria que deu certo e que continua a ser estratégica para
nós", destacou.
Quanto à Multitel,
desde 1999 no mercado angolano e em que a PT (40%) se associou à Angola Telecom
(30%) e ao Banco Comércio e Indústria (20%), Zeinal Bava disse tratar-se de um
projeto "importante".
Quanto a projetos
futuros, o presidente executivo da PT destacou a construção em curso na
Covilhã, norte de Portugal, do que designou como o sexto maior centro de dados
do mundo, "com a ambição de servir Portugal e vários países com quem nós
temos conectividade, como o Brasil".
No caso de empresas
angolanas, Zeinal Bava disse que elas podem ter ali o seu 'back-up'.
"Podem alugar
parte de tempo de processamento das suas máquinas aqui. Podem criar aqui um
segundo 'storage'", explicou
Ainda quanto a
Angola, distinguiu o investimento das autoridades em infraestrutura,
nomeadamente na fibra ótica, que classificou como "suficiente para dar um
salto qualitativo na prestação de serviços".
Instado a explicar
como vai a PT garantir fundos para estes projetos, salientou que a empresa
emitiu 750 milhões de euros de dívida, pelo que está "refinanciada até
julho de 2016", mas, disse, que vão ser "muito criteriosos" na
forma como vão alocar o investimento.
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