sábado, 3 de novembro de 2012

Zeinal Bava reafirma aposta da PT em Angola, através das parcerias com a Unitel e Multitel

 


EL -  VC – Lusa, com foto António Cotrim
 
Luanda, 02 nov (Lusa) - O presidente executivo da Portugal Telecom (PT) reafirmou a aposta da empresa em Angola, através das parcerias estratégicas que mantém com as operadoras Unitel e Multitel, numa entrevista publicada hoje pelo diário estatal Jornal de Angola.
 
"Em Angola nós temos dois investimentos: um na Unitel e outro na Multitel. São duas parcerias importantes, estratégicas para o grupo PT", disse Zeinal Bava.
 
No caso da Unitel, principal operadora no mercado e em cujo capital social participa com a petrolífera angolana Sonangol e Isabel dos Santos, filha do Presidente José Eduardo dos Santos, Zeinal Bava destacou o "trabalho extraordinário" levado a cabo pela empresa na parte da engenharia.
 
"(A Unitel) é uma empresa angolana que conseguiu criar recursos humanos para ela própria poder caminhar. No início, a Portugal Telecom apoiou. A empresa cresceu e hoje tem recursos próprios, nas principais posições estão angolanos. É um bom exemplo de uma parceria que deu certo e que continua a ser estratégica para nós", destacou.
 
Quanto à Multitel, desde 1999 no mercado angolano e em que a PT (40%) se associou à Angola Telecom (30%) e ao Banco Comércio e Indústria (20%), Zeinal Bava disse tratar-se de um projeto "importante".
 
Quanto a projetos futuros, o presidente executivo da PT destacou a construção em curso na Covilhã, norte de Portugal, do que designou como o sexto maior centro de dados do mundo, "com a ambição de servir Portugal e vários países com quem nós temos conectividade, como o Brasil".
 
No caso de empresas angolanas, Zeinal Bava disse que elas podem ter ali o seu 'back-up'.
 
"Podem alugar parte de tempo de processamento das suas máquinas aqui. Podem criar aqui um segundo 'storage'", explicou
 
Ainda quanto a Angola, distinguiu o investimento das autoridades em infraestrutura, nomeadamente na fibra ótica, que classificou como "suficiente para dar um salto qualitativo na prestação de serviços".
 
Instado a explicar como vai a PT garantir fundos para estes projetos, salientou que a empresa emitiu 750 milhões de euros de dívida, pelo que está "refinanciada até julho de 2016", mas, disse, que vão ser "muito criteriosos" na forma como vão alocar o investimento.
 

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