Rádio Moçambique, com foto
A economia de
Moçambique continua a “expandir-se a ritmo elevado”, contrariando a tendência
global, e poderá em breve tornar-se numa das mais dinâmicas do mundo, superando
mesmo as taxas de crescimento da China, segundo o banco português BPI.
Moçambique, adianta
o banco no seu mais recente relatório sobre Moçambique, “resiste à
desaceleração da actividade económica mundial, mantendo um ritmo de expansão
elevado como resultado do recente desenvolvimento do sector mineiro e dos
fluxos cada vez maiores de investimento estrangeiro para o país”.
“Apesar de partir
de uma base reduzida, o país poderá em breve assumir-se como uma das economias
com maior crescimento económico, conseguindo superar as taxas de crescimento
registadas na China”, adianta.
Na sua última
avaliação da economia moçambicana, o Fundo Monetário Internacional reviu em
alta a previsão de crescimento económico, para 7,5% em 2012 e 8,4% em 2013.
A Economist
Intelligence Unit elevou recentemente a sua previsão de crescimento de
Moçambique para 7,4%, 2 décimos de ponto percentual acima da anterior previsão
de 7,2 %.
A impulsionar o
crescimento do PIB estão as exportações, constituídas por alumínio em 40 %, mas
com uma cada vez maior componente do carvão, cuja produção começou em 2011.
Moçambique “poderá
emergir como o principal exportador mundial de carvão devido às suas grandes
reservas”, não obstante os constrangimentos derivados de uma fraca rede
logística para escoar o carvão até aos portos do Oceano Índico.
No entanto,
prossegue o documento, a instabilidade política na África do Sul, grande
parceiro económico que tem visto as suas previsões de crescimento revistas em
baixa, “podem afectar negativamente o comércio internacional de Moçambique nos
próximos meses”.
Outro desafio para
as autoridades, este a nível orçamental, é o abrandamento da ajuda externa, que
ainda compõe perto de 30 % da receita pública.
Essencialmente
direccionado para a exploração de carvão e gás na sequência da descoberta de
reservas de grande dimensão, o investimento estrangeiro atingiu em 2011 um
máximo histórico, colocando Moçambique na 5ª posição entre os países
receptores.
Portugal foi o país
cujas empresas mais investiram em Moçambique no decurso do primeiro semestre
com 5 projectos e um investimento conjunto de 116 milhões de dólares, de acordo
com dados do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) obtidos pela macauhub em
Maputo.
Nos segundo e
terceiro lugares posicionaram-se a África do Sul e as Ilhas Maurícias, que
investiram respectivamente 56 milhões e 30 milhões de dólares, surgindo a China
em quarto lugar com 7 projectos de investimento e um valor conjunto de 24
milhões de dólares.
(rm/macauhub)
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