segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Economia de Moçambique aproxima-se das taxas de crescimento da China

 

Rádio Moçambique, com foto
 
A economia de Moçambique continua a “expandir-se a ritmo elevado”, contrariando a tendência global, e poderá em breve tornar-se numa das mais dinâmicas do mundo, superando mesmo as taxas de crescimento da China, segundo o banco português BPI.
 
Moçambique, adianta o banco no seu mais recente relatório sobre Moçambique, “resiste à desaceleração da actividade económica mundial, mantendo um ritmo de expansão elevado como resultado do recente desenvolvimento do sector mineiro e dos fluxos cada vez maiores de investimento estrangeiro para o país”.
 
“Apesar de partir de uma base reduzida, o país poderá em breve assumir-se como uma das economias com maior crescimento económico, conseguindo superar as taxas de crescimento registadas na China”, adianta.
 
Na sua última avaliação da economia moçambicana, o Fundo Monetário Internacional reviu em alta a previsão de crescimento económico, para 7,5% em 2012 e 8,4% em 2013.
 
A Economist Intelligence Unit elevou recentemente a sua previsão de crescimento de Moçambique para 7,4%, 2 décimos de ponto percentual acima da anterior previsão de 7,2 %.
 
A impulsionar o crescimento do PIB estão as exportações, constituídas por alumínio em 40 %, mas com uma cada vez maior componente do carvão, cuja produção começou em 2011.
 
Moçambique “poderá emergir como o principal exportador mundial de carvão devido às suas grandes reservas”, não obstante os constrangimentos derivados de uma fraca rede logística para escoar o carvão até aos portos do Oceano Índico.
 
No entanto, prossegue o documento, a instabilidade política na África do Sul, grande parceiro económico que tem visto as suas previsões de crescimento revistas em baixa, “podem afectar negativamente o comércio internacional de Moçambique nos próximos meses”.
 
Outro desafio para as autoridades, este a nível orçamental, é o abrandamento da ajuda externa, que ainda compõe perto de 30 % da receita pública.
 
Essencialmente direccionado para a exploração de carvão e gás na sequência da descoberta de reservas de grande dimensão, o investimento estrangeiro atingiu em 2011 um máximo histórico, colocando Moçambique na 5ª posição entre os países receptores.
 
Portugal foi o país cujas empresas mais investiram em Moçambique no decurso do primeiro semestre com 5 projectos e um investimento conjunto de 116 milhões de dólares, de acordo com dados do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) obtidos pela macauhub em Maputo.
 
Nos segundo e terceiro lugares posicionaram-se a África do Sul e as Ilhas Maurícias, que investiram respectivamente 56 milhões e 30 milhões de dólares, surgindo a China em quarto lugar com 7 projectos de investimento e um valor conjunto de 24 milhões de dólares.
 
(rm/macauhub)
 

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