Diário de Notícias
- Lusa, publicado por Graciosa Silva
A Guiné-Bissau
comprometeu-se hoje junto da comunidade internacional a acabar com o
recrutamento militar de crianças, juntando-se aos 105 países que assinaram, em Nova Iorque , o
Compromisso de Paris com esse fim.
O anúncio da adesão
da Guiné-Bissau ao acordo para acabar com recrutamento de crianças por forças
armadas e grupos militares foi feito na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque , durante
uma reunião do fórum ministerial de seguimento dos Princípios e Compromisso de
Paris.
"O
recrutamento de crianças tem de ter um preço político para os perpetradores
persistentes em processos de paz", defendeu na ocasião Leila Zerrougui,
representante especial do secretário-geral da ONU para Crianças em Conflitos Armados.
"Acabar com a
impunidade para os que cometem violações sérias contra crianças não é apenas um
remédio, mas também um importante dissuasor para prevenir o recrutamento de
crianças", adiantou.
Além da
Guiné-Bissau, aderiram ao Compromisso de Paris Bolívia, Comoros, Kuwait e
Iémen, elevando a 105 o número de signatários.
O número de
crianças envolvidas em conflitos está estimado nas dezenas de milhar em todo o
mundo, não só como soldados, mas também bombistas suicidas, escudos humanos e
até escravos sexuais.
O evento na ONU foi
organizado pelo Governo de França, UNICEF e representante especial do
secretário-geral da ONU para Crianças e Conflitos Armados.
"Os apoios de
hoje demonstram um consenso global e demonstram a determinação da comunidade
internacional para abolir a prática desumana de recrutamento de crianças",
afirmou o embaixador francês para os Direitos Humanos, François Zimeray.
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