Protestos saem à
rua em Macau no 13.º aniversário da transição para a China
19 de Dezembro de
2012, 20:21
Macau, China, 19
dez (Lusa) - Quatro grupos pretendem sair à rua em protesto em Macau na próxima
quinta-feira, dia em que se assinalam 13 anos da transferência de soberania de
Portugal para a China.
Com diversos
motivos a darem mote às manifestações convocadas para quinta-feira, como a
liberdade de imprensa, a subida dos preços da habitação ou os direitos dos
homossexuais, os grupos associativistas aproveitam, tradicionalmente, o
feriado, pleno em atividades comemorativas da efeméride, para vincar as suas
preocupações.
Num comunicado, a
Polícia de Segurança Pública (PSP) informa que foram realizadas reuniões com
representantes dos grupos e que foram propostas alterações aos itinerários,
contudo, apenas com dois dos quatro grupos foi alcançado um acordo por escrito
para o efeito.
Em comum, os grupos
que vão sair à rua esta quinta-feira têm o facto de pretenderem entregar
petições na sede do Governo.
Um dos grupos que
se vai manifestar quinta-feira pelo Dia da Região Administrativa Especial é a
Associação Novo Macau - que conta com três assentos pela via direta na
Assembleia Legislativa -, com a qual a polícia não conseguiu alcançar um acordo
por escrito sobre alterações ao percurso proposto.
Segundo a imprensa
local, os constrangimentos à liberdade de imprensa, as condições de vida e a
especulação imobiliária são alguns dos aspetos que vão ser contestados nas ruas
da cidade, numa marcha em que se deverá exigir, entre outros, mais pelo combate
à corrupção ou iguais direitos para os homossexuais.
A PSP sublinha ser
"permanente preocupação" da polícia as questões ligadas à ordem e
segurança, pelo que "providenciará um número adequado de agentes",
sem especificar.
"Os
manifestantes devem seguir pelos itinerários que esta polícia tinha proposto,
caso contrário, as atividades serão tratadas como ilegais", frisa a PSP,
deixando uma série de advertências para os que planeiam organizar ou participar
em protestos pelo feriado de 20 de dezembro.
Para marcar o
aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial, em 1999, o
executivo de Macau promove uma série de atividades, como a parada "Desfile
por Macau, Cidade Latina" e o "Sarau Desportivo e Cultural",
isto a par das cerimónias solenes que incluem o içar da bandeira e uma receção
oficial.
DM // HB
Pequim nomeia Li
Gang novo representante do Gabinete de Ligação em Macau
19 de Dezembro de
2012, 19:06
Macau, China, 19
dez (Lusa) - O Conselho de Estado da China designou hoje Li Gang como
vice-diretor do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau.
O Conselho de
Estado deu por finda, esta terça-feira, a missão de Li Gang, 57 anos, como
vice-diretor do organismo correspondente em Hong Kong, informando hoje da sua
nomeação para Macau.
O comunicado do
Conselho de Estado, citado pela agência oficial chinesa Xinhua, não faculta
mais pormenores.
Este fim de semana,
o jornal South China Morning Post, de Hong Kong, citando fontes de Pequim,
noticiou que Li Gang iria liderar o Gabinete de Ligação em Macau, substituindo
Bai Zhijang, que abandonaria o cargo no território por limite de idade.
Bai Zhijang ocupa o
cargo de diretor e Li Gang é designado vice-diretor, pelo que não há
informações concretas sobre se o novo representante de Pequim substitui
diretamente o atual.
DM // PMC
Taxa de inflação em
Macau atinge 6,19% em novembro
19 de Dezembro de
2012, 18:37
Macau, China, 19
dez (Lusa) - A taxa de inflação em Macau atingiu 6,19% em novembro face aos 12
meses imediatamente anteriores, indicam dados oficiais hoje divulgados.
De acordo com dados
dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor
(IPC) registou, em novembro, uma subida de 5,72% relativamente ao mesmo mês de
2011, impulsionada sobretudo pela ascensão dos preços das refeições adquiridas
fora de casa e do gás de petróleo liquefeito.
No entanto, observa
a DSEC, "parte do crescimento deste índice foi compensada pelo aumento do
subsídio de eletricidade do Governo", o qual elevou a subvenção mensal da
tarifa de energia elétrica de 180 para 200 patacas (18 para 20 euros).
Em termos anuais,
registaram-se subidas notáveis no índice de preços das secções de bens e
serviços: destacando-se as bebidas alcoólicas e tabaco (34,5%), habitação e
combustíveis (8,53%) e equipamento doméstico e materiais de utilização corrente
(8,26%).
Em sentido inverso,
os índices de preços das secções de educação e comunicações desceram 3,06% e
1,05%, respetivamente.
Face a outubro, o
IPC registou uma subida de 0,90%, com aumentos nas secções de vestuário e
calçado (2,85%), habitação e combustíveis (2,79%) e saúde (2,54%), devido ao
incremento dos preços do gás de petróleo liquefeito, ao lançamento de vestuário
de inverno e à elevação de preços de consultas externas, refere a DSEC.
Em contrapartida,
os preços dos transportes, comunicações e recreação e cultura desceram (com
quebras inferiores a 1%), graças à queda dos preços da gasolina, das excursões
turísticas ao exterior e dos serviços de banda larga.
Nos primeiros 11
meses do ano, o IPC geral médio aumentou 6,13%, verificando-se aumentos
substanciais ao nível das bebidas alcoólicas e tabaco (31,17%) e produtos
alimentares e bebidas não alcoólicas (8,65%) face ao mesmo período de 2011. Já
os preços das secções de comunicações sofreram uma diminuição na ordem dos
4,43%, em termos anuais.
O IPC geral, com
base no período 2008/2009, permite conhecer a influência da variação de preços
na população de Macau.
DM // PMC
Sem comentários:
Enviar um comentário