Estudantes exibiram
tarja durante discurso de Passos Coelho a pedir que se demita
Jornal i – Lusa,
com foto Mário Cruz
Oito estudantes
universitários exibiram hoje uma tarja pedindo a demissão do primeiro-ministro,
Pedro Passos Coelho, enquanto este discursava na abertura de um seminário
internacional organizado pelo Sistema de Informações da República (SIRP), na reitoria
da Universidade Nova.
Poucos minutos
depois do início do discurso, os oito jovens, sentados nas últimas filas do
auditório da reitoria, levantaram-se e, em silêncio, abriram uma tarja com a
palavra "demite-te".
A equipa de
seguranças de Passos começou por tentar interromper o protesto e retirar a
faixa, mas foi o próprio primeiro-ministro a parar o seu discurso e a pedir que
não o fizessem.
"Pedia ao
Serra que deixasse os senhores ostentarem o cartaz sem nenhum problema, porque
vivemos, felizmente, numa situação boa, de saúde da nossa democracia, e não
vemos nenhuma razão para que os senhores não possam ostentar as faixas que
entenderem", afirmou Pedro Passos Coelho, continuando depois a sua
intervenção.
Os estudantes
universitários mantiveram a tarja durante o resto do discurso de Passos e
abandonaram o auditório quando já falava o orador seguinte, Adriano Moreira.
Ao abandonar o
edifício da reitoria da Universidade Nova de Lisboa, questionado pelos
jornalistas sobre se tinha sido difícil concentrar-se com o protesto, o
primeiro-ministro respondeu apenas: "Não, não foi nada difícil".
À chegada às
instalações da Universidade Nova, em Campolide, o chefe do Governo tinha sido
recebido por uma pequena manifestação de estudantes, que protestavam com várias
frases e cartazes contra Passos Coelho, os cortes na educação e contra a
'troika'.
A POLÍCIA TEM DE
APRENDER O QUE É DEMOCRACIA E LEGALIDADE – opinião Página Global
Estamos perante
algo que vimos no antigamente, durante o fasciszante salazarismo. Vimos, temos agora,
em Portugal, uma polícia que vai cometendo ilegalidades de modo impune. Vimos
isso em várias cenários. Nas imagens adquiridas ou somente visionadas (ainda não
sabemos) na RTP, em manifestações e naquilo que nem chega ao nosso conhecimento.
Vimos sistemáticamente policias-seguranças dos do governo a cometer ilegalidades sobre
os que contestam as políticas do governo e se manifestam. Isto tem de acabar.
A mentalidade de
adulo aos seus supostos deuses governantes demonstrada por certos e incertos
agentes da polícia que constituem a segurança da corja que vai destruindo o país
sobresai de modo intolerável. Hoje queriam retirar a faixa que tem a voz de
milhões de portugueses e que convidam, exigem, que Passos e o seu governo se
demitam – para muitos extensiva a Cavaco Silva. Os agentes devem saber que ao
retirarem a faixa estão a cometer uma ilegalidade, estão a proibir os cidadãos
de se manifestarem pacifica e democraticamente. As ilegalidades são cometimento
de bandidos. Ora, os por portugueses estão fartos de bandidos. Esses sim devem
emigrar. Ou se não que aprendam a viver e a conviver em democracia e na
legalidade. Valeu a Passos a oportunidade de “brilhar” contra um Serra e mais
alguns que por tudo querem desenterrar o cadáver e o tempo de Salazar e da
PIDE. O que, tudo indica, Passos e Cavaco também querem, mas de forma airosa,
através de adormecimento que leve os portugueses à inação, à ausência de resistência.
Os Serras, os novos pides. (Redação PG)
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