segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Portugal: MP notificou manifestantes suspeitos de atirarem pedras à PSP

 

TSF
 
O Ministério Público (MP) está a contactar alguns manifestantes presentes no protesto de 14 de novembro, junto ao Parlamento, por suspeitas de terem atirado pedras à polícia.
 
A denúncia foi feita à agência Lusa por Paula Montez, que na semana passada foi convocada, por telefone, carta e correio eletrónico para se apresentar nas instalações do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde foi constituída arguida e ficou com Termo de Identidade e Residência (TIR).
 
Segundo a manifestante, no DIAP de Lisboa foi confrontada com os factos que constam do processo relativo aos incidentes com a polícia, na manifestação do dia 14 de novembro junto à Assembleia da República, tendo-lhe sido exibidas fotografias «ampliadas».
 
«As imagens todas elas de má qualidade e inconclusivas, mostram-me de braço no ar com um objeto na mão que os 'denunciantes' referiram ser pedras. Na verdade o objeto que tenho na mão é nada mais do que a minha máquina fotográfica que costumo elevar devido à minha estatura ser baixa para captar imagens, como sempre tenho feito em todas as manifestações e protestos onde vou», descreveu Paula Montez à Lusa.
 
Paula Montez revelou que o DIAP investiga a suspeita de crime de ofensas à integridade física, tendo alegado que a ativista atirou cerca de 20 pedras à polícia.
 
«Se a PSP me identificou a arremessar 20 pedras e a colocar em causa a sua integridade física, por que não fui detida de imediato?», questionou.
 
De acordo a ativista, o DIAP já contactou outras pessoas que participaram na manifestação, desconhecendo o número exato.
 
Recorde-se que a 14 de novembro, dia de greve geral e no final de uma manifestação convocada pela CGTP, dezenas de manifestantes apedrejaram a polícia, junto à Assembleia da República, e esta respondeu com uma carga policial.
 
Da carga policial resultaram nove detenções e 21 pessoas identificadas.
 
Os nove detidos foram constituídos arguidos nos dias seguintes à manifestação, encontrando-se com TIR a aguardar julgamento em processo comum.
 

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