Público
Mais de 250 mil
pessoas afluíram a um estádio com capacidade para 70 mil
Subiu para 16 o
número de mortos num acidente ocorrido numa vigília da Igreja Universal do
Reino de Deus (IURD), no último dia de 2012, no estádio Cidadela Desportiva de
Luanda.
O balanço feito
terça-feira à noite confirmou 16 mortos, entre os quais três crianças, com
idades entre três e quatro anos, segundo informações citadas pelo Jornal de
Angola. O acidente ocorreu ao fim da tarde de segunda-feira. O número de
feridos rondou os 120, mas a maior parte teve rapidamente alta.
Dez das vítimas
mortais perderam a vida já nos hospitais para onde foram transportadas, três
enquanto eram transportadas e as outras três no local da tragédia, explicou
Filomena Wilson, porta-voz da comissão de acompanhamento da quadra festiva.
Lina Antunes,
directora clínica do hospital Américo Boavida, para onde foram encaminhadas a
maior parte das vítimas, disse que diversas mortes terão sido provocadas por
asfixia. O porta-voz do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros,
Faustino Sebastião, falou em asfixia e esmagamento. Serão as autópsias a
confirmar as causas.
O estádio tem
capacidade para 70 mil pessoas, mas números avançados pela imprensa local indicam
que terão comparecido à Vigília da Virada – Dia do Fim entre 250 e 280 mil.
"A nossa
expectativa era de termos nesta vigília 70 mil pessoas, essa expectativa foi de
longe superada, porque após alguns dados, apesar de não serem os definitivos,
nós estimamos que estiveram na vigília acima de 250 mil pessoas”, disse também
o bispo Felner Batalha, citado pela Rádio Nacional de Angola.
Transportados em
autocarros alugados, a partir de todos os municípios de Luanda, muitos fiés
estavam no local desde manhã, segundo o Jornal de Angola. Testemunhas disseram
que todos os portões do estádio foram abertos e que os fiéis que não cabiam podiam
acompanhar o que se passava no interior através de dois ecrãs gigantes
instalados fora do recinto. A certa altura, a multidão concentrada junto a um
dos portões terá querido entrar para o espaço já lotado, causando o acidente.
O director do
Complexo da Cidadela, Joaquim Muaxinika, disse ao diário oficial angolano que a
cerimónia religiosa foi autorizada depois de verificadas as condições de
segurança. “Eles solicitaram o culto há mais de 20 dias, e, pelos documentos
apresentados, estava tudo preparado.”
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