quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau: BANCO MUNDIAL REGRESSA, PARTIDOS POLÍTICOS NÃO SE ENTENDEM




Banco Mundial retoma projetos na Guiné-Bissau, novos só após levantamento sanções

31 de Janeiro de 2013, 12:51

Bissau, 31 jan (Lusa) - O Banco Mundial vai retomar "de imediato" os projetos que tinha em curso na Guiné-Bissau, mas novos apoios "só depois do levantamento completo das sanções da comunidade internacional", disse hoje o ministro das Finanças de transição.

Abubacar Demba Dahaba falava aos jornalistas após uma reunião com uma missão técnica do Banco Mundial que está em Bissau até à próxima quarta-feira e que marca o arranque dos projetos da instituição que estavam em curso e que tinham parado a 12 de abril, quando do golpe de Estado que depôs o Governo eleito.

Em dezembro passado, a diretora de operações do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, Vera Songwe, tinha anunciado o retomar da cooperação com o país, continuando os projetos sociais que estavam em curso na altura do golpe de Estado.

"Constatámos que havia muitos programas no país que são programas sociais e decidimos recomeçar o nosso envolvimento. Não são novos projetos mas sim continuar os que já existem e que envolvem cerca de 18 milhões de dólares" (13,6 milhões de euros), disse na altura Vera Songwe.

O apoio e os respetivos desembolsos para os projetos serão feitos a partir da visita da missão técnica, afirmou hoje o ministro do Governo de transição, considerando esta ajuda vai ajudar no relançamento da atividade económica.

"Temos projetos de assistência financeira, a nível da agricultura, da biodiversidade, que já vão começar a funcionar. São valores importantes e sobretudo de grande dimensão", disse Abubacar Demba Dahaba.

FP // MLL.

Partidos da Guiné-Bissau divergem quanto a eleições em 2013 ou 2014

31 de Janeiro de 2013, 13:51

Bissau, 31 jan (Lusa) - Partidos políticos da Guiné-Bissau reuniram-se hoje na capital para debater o período de transição em curso, com uns a advogar que as eleições sejam realizadas em outubro deste ano e outros em novembro de 2014.

Segundo Florentino Pereira, secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), são estas e outras questões sobre o período de transição que estão no centro das discussões na reunião convocada pelo seu partido com todas as forças políticas do país.

Em dezembro passado o novo presidente do PRS, Alberto Nambeia, fez uma série de reuniões de auscultações com todas as forças políticas e sociais do país e hoje juntou na mesma sala os partidos para debateram as opiniões que cada um defende sobre o período de transição.

As eleições gerais já não se realizam no mês de abril deste ano, tal como foi decidido na sequência do golpe de Estado de 12 de abril passado, e consequentemente será prolongado o período de transição, divergindo as opiniões entre os partidos políticos, sindicatos, igrejas e organizações da sociedade civil.

"Naturalmente que cada partido político, cada entidade, emitiu a sua opinião. Quanto ao período de transição houve partidos que se pronunciaram para que seja prorrogado mais seis meses e outros que querem as eleições dentro de 18 meses", disse Florentino Pereira.

A nova direção do PRS quer agora que haja um consenso "extraparlamentar" e só depois legitimar a decisão final no parlamento, fazendo com que sejam levadas em conta as opiniões de partidos sem representação parlamentar.

O secretário-geral dos renovadores guineenses diz que o que o seu partido procura é o consenso entre os partidos dentro da lógica das recomendações da comunidade internacional.

Questionado sobre qual é a opinião do PRS quanto à data para a realização de eleições gerais, Florentino Pereira afirmou ser prematuro revelar. Mas considera necessária uma remodelação do atual governo de transição, embora realce ser da competência do Presidente de transição.

"O nosso partido entende ser necessário dar uma nova dinâmica ao executivo. Isto pode passar pela remodelação governamental", observou o secretário-geral dos renovadores.

MB // MLL.

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