quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau: SEM LIBERDADE DE IMPRENSA, DESPACHANTES “DESPACHADOS”




Regressão na Guiné-Bissau sem surpresas para sindicato dos jornalistas

31 de Janeiro de 2013, 08:36

Bissau, 31 jan (Lusa) - O Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau recebeu "sem surpresa" a notícia da regressão do país em termos de liberdade de imprensa e diz que houve vários casos que levaram a essa queda.

De acordo com o relatório anual da organização Repórteres sem Fronteiras, a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau regrediu 17 lugares, estando agora o país em 92.º lugar. O relatório diz que existe um clima de censura na Guiné-Bissau, reforçada pelo golpe de Estado militar de 12 de abril passado o que, realça o documento, tem dificultado o trabalho dos profissionais de comunicação social.

"Não se trata de nenhuma surpresa para o Sinjotecs. É uma avaliação que se faz a todas as situações ocorridas antes e depois do golpe de Estado na Guiné-Bissau. Há vários casos ocorridos nesse período que concorrem para esta avaliação", disse à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau, Mamadu Candé.

O presidente do sindicato lembrou "o caso do jornalista António Aly Silva e do delegado da RTP-África, que acabou expulso do país". Aly Silva foi detido e espancado por militares no ano passado, logo a seguir ao golpe de Estado de abril.

Além dessas situações, Mamadu Candé apontou as "dificuldades" com que se deparam os profissionais de comunicação social guineense, destacando o baixo salário, falta de materiais de trabalho e de formação, para também enquadrar o relatório dos Repórteres Sem Fronteiras.
Para Mamadu Candé, são situações que "também acabam por condicionar" o exercício pleno da liberdade de imprensa. O presidente do sindicato dos jornalistas enfatiza igualmente o facto de que a Guiné-Bissau ser considerada "um país de risco".

MB/FP // VM.

Mais de um terço dos despachantes da Guiné-Bissau suspensos por suspeitas de fraude fiscal

31 de Janeiro de 2013, 12:40

Bissau, 31 jan (Lusa) - Mais de um terço dos despachantes oficiais da Guiné-Bissau foram suspensos por suspeitas de fraude fiscal, disse hoje o ministro das Finanças do Governo de transição, Abubacar Demba Dahaba.

A medida, de acordo com um documento do Ministério das Finanças, atinge 29 funcionários, entre despachantes oficiais, ajudantes despachantes e caixeiros despachantes, que estão a ser investigados pelo Ministério Público por suspeita de desvio de dinheiros do Estado.

Aos visados foram-lhe suspensas as cédulas de exercício da profissão e impedido o acesso ao sistema informático aduaneiro, o Sydónia.

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