segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lançados em Bissau documentário e livro sobre a vida e obra de Amilcar Cabral




MB – JMR - Lusa

Bissau, 20 jan (Lusa) - Um documentário e um livro sobre a vida e obra de Amílcar Cabral foram lançados hoje na Guiné-Bissau para assinalar o 40.º aniversário da morte do fundador da nacionalidade da Guiné e Cabo Verde.

O documentário é da autoria do jornalista guineense, Waldir Araújo, da RDP-África, e retrata o trabalho feito pela fotojornalista italiana Bruna Polimeni, com imagens de Amílcar Cabral antes da sua morte.

O livro, o primeiro sobre Amílcar Cabral escrito por um guineense, é do historiador Julião Soares de Sousa, radicado em Portugal.

Os dois documentos foram apresentados num hotel de Bissau numa sala cheia de ex-combatentes, familiares de Amílcar Cabral e dirigentes partidários, numa iniciativa do Instituto Benten, do administrador do Banco Mundial para 24 países de África, o guineense Paulo Gomes.

Para Paulo Gomes, falar de Amílcar Cabral "é mais que uma homenagem" ao homem, ao político e ao visionário da Guiné-Bissau e de África, é também projetar o país para o futuro.

"Não conseguimos ainda valorizar o que Amílcar Cabral teorizou para esta Guiné, mas todo o seu ensinamento continua válido. Amílcar Cabral é um reservatório enorme de ideias e de soluções para o país", afirmou Paulo Gomes.

"Amílcar Cabral é um tema presente porque é o fundador da nossa nacionalidade, construtor das bases onde assentamos neste momento, bases a partir das quais devemos projetar o nosso futuro", acrescentou ainda o fundador e presidente do Instituto Benten.

Sobre a primeira iniciativa organizada pela instituição, Paulo Gomes diz ter sido um êxito por ter juntado personalidades de várias esferas para analisarem em conjunto a figura do "pai" da independência da Guiné e Cabo Verde.

Paulo Gomes enalteceu também a presença do cineasta guineense Flora Gomes na cerimonia, um dos pontos altos do 40 aniversario da morte de Amílcar Cabral, prometendo que o Instituto Benten irá ajuda-lo, ainda este ano, a concretizar o projeto de um filme sobre a vida e obra do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana.

Flora Gomes conheceu Amílcar Cabral em vida e, conta, foi o líder histórico que lhe mandou estudar cinema em Cuba ainda nos anos 60.

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