Grupo empresarial
aberto a investidores privados para criar rede de 20 hotéis em Angola
24 de Janeiro de
2013, 19:24
Huambo, Angola, 24
jan (Lusa) - O Grupo Opaia, que inaugurou hoje no Huambo, centro de Angola, o
primeiro hotel de quatro estrelas da região, está aberto à participação de
investidores privados e tem em projeto uma rede de 20 hotéis em Angola.
Em declarações à
agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração do grupo, Agostinho
Kapaia, 33 anos, acrescentou que o plano estratégico do grupo, que prevê a
abertura de 20 hotéis nas 18 províncias angolanas, está orçado em 250 milhões
de dólares (187 milhões de euros).
O hotel hoje
inaugurado no Huambo é o primeiro do Grupo Opaia, criado em 2002 e que, além da
hotelaria e turismo, mantém interesses e investimentos na energia e petróleo,
saúde, imobiliário, agro-negócio, educação, "trading", finanças e
logística.
O financiamento
para a construção da unidade hoteleira hoje inaugurada, 18 milhões de dólares
(13,4 milhões de euros), veio do Banco Banco Angolano de Investimento (BAI) e
permitiu criar cerca de 100 novos postos de trabalho.
O próximo hotel
deverá ser no Soyo, na província do Zaire, norte de Angola, e quanto à execução
da estratégia empresarial de construção dos restantes hotéis, Agostinho Kapaia
disse que já estão em curso contactos com investidores.
"Temos um
calendário para as outras províncias. Isso também passa pela discussão, não só
com os governos provinciais, mas também com a parte financeira. Temos vindo a
discutir com bancos e investidores privados que queiram fazer parte deste
projeto", disse, sem identificar potenciais interessados.
A construção do
Hotel Ekuikui I, com capacidade para 70 quartos, dois dos quais suites de luxo,
sala de conferências e serviços de apoio, demorou cerca de dois anos.
EL //JMR
Tecnologia
portuguesa equipa instrumentos de fiscalização das pescas em Angola
25 de Janeiro de
2013, 11:29
Luanda, 25 jan
(Lusa) - Tecnologia portuguesa equipa os instrumentos de fiscalização das
pescas em Angola, setor em crescimento que em 2012 teve uma produção de 354,5
mil toneladas de pescado.
O sistema é o
MONICAP, acrónimo para Monitorização Contínua das Atividades de Pesca,
complementado pela aplicação Seawolf Patrol, criações do Instituto de Novas
Tecnologias de Portugal (INOV) e projetos que correspondem a uma carteira de
contratos superior a 4,5 milhões de euros.
"Era
necessário que encontrássemos uma solução, um sistema que nos auxiliasse num
controlo com mais acuidade sobre as embarcações", justificou Domingos
Azevedo, diretor do Departamento de Fiscalização Nacional de Pescas.
A tecnologia
portuguesa instalada opera a partir da complementaridade de três dispositivos
principais: um centro de controlo em terra, uma unidade móvel, vulgarmente
designada por "caixa azul" instalada nas embarcações de pesca, e um
sistema de comunicações.
Este sistema
controla as embarcações industriais e semi-industriais, que operam das oito
milhas em diante, e a aplicação Seawolf Patrol completa a malha de fiscalização
das 200 milhas da Zona Económica Exclusiva de Angola, contemplando também o
rasteio por radar de embarcações de pesca artesanal.
O MONICAP entrou em
atividade experimental em novembro de 2010 e a partir de agosto de 2012, com a
inauguração do Centro de Controlo Nacional, baseado em Luanda, o sistema de
controlo expandiu-se e mantém centros regionais ao longo da costa angolana, nas
províncias do Namibe, Benguela e Cuanza Sul, e em breve será a vez das
províncias do Zaire, Luanda, Bengo e Cabinda.
Todo o sistema e os
operadores angolanos foram formados pelo INOV.
"Para apertar
a malha de controlo das embarcações de pesca, o INOV instalou em dezembro
passado uma aplicação, a Seawolf Patrol, que faz a interligação com o radar da
embarcação. Esta aplicação foi instalada nos dois navios patrulha oceânicos do
SNFPA", disse Domingos Azevedo.
As duas embarcações,
"Nzinga Mbandi" e "Ngola Kiluanje", fazem parte da frota de
15 navios dedicados à fiscalização da pesca na ZEE de Angola.
O Seawolf Patrol
integra tecnologia de ponta eletrónica, comunicações e sistemas d einformação,
sendo um sistema de comando e controlo e integrado em tempo real com os
sistemas MONICAP para fiscalização da pesca.
Em informação
enviada à Lusa, José Luís Melo, diretor do INOV, disse que o objetivo é
integrar no sistema as restantes 13 embarcações da frota de fiscalização do Ministério
das Pescas de Angola, bem como a partilha de informação com as restantes
entidades envolvidas nas atividades de monitorização e controlo marítimo em
Angola.
"Até ao
momento já foram instaladas uma centena de caixas azuis em embarcações
industriais e semi-industriais. Nesta primeira fase pensamos atingir 200
embarcações e posteriormente vamos aumentado o número, adquirindo mais caixas
azuis", explicou Domingos Azevedo.
EL // PJA
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