sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

REDE DE 20 HOTÉIS PARA ANGOLA, HI-TEC PORTUGUESA PARA FISCAL DE PESCAS




Grupo empresarial aberto a investidores privados para criar rede de 20 hotéis em Angola

24 de Janeiro de 2013, 19:24

Huambo, Angola, 24 jan (Lusa) - O Grupo Opaia, que inaugurou hoje no Huambo, centro de Angola, o primeiro hotel de quatro estrelas da região, está aberto à participação de investidores privados e tem em projeto uma rede de 20 hotéis em Angola.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração do grupo, Agostinho Kapaia, 33 anos, acrescentou que o plano estratégico do grupo, que prevê a abertura de 20 hotéis nas 18 províncias angolanas, está orçado em 250 milhões de dólares (187 milhões de euros).

O hotel hoje inaugurado no Huambo é o primeiro do Grupo Opaia, criado em 2002 e que, além da hotelaria e turismo, mantém interesses e investimentos na energia e petróleo, saúde, imobiliário, agro-negócio, educação, "trading", finanças e logística.

O financiamento para a construção da unidade hoteleira hoje inaugurada, 18 milhões de dólares (13,4 milhões de euros), veio do Banco Banco Angolano de Investimento (BAI) e permitiu criar cerca de 100 novos postos de trabalho.

O próximo hotel deverá ser no Soyo, na província do Zaire, norte de Angola, e quanto à execução da estratégia empresarial de construção dos restantes hotéis, Agostinho Kapaia disse que já estão em curso contactos com investidores.

"Temos um calendário para as outras províncias. Isso também passa pela discussão, não só com os governos provinciais, mas também com a parte financeira. Temos vindo a discutir com bancos e investidores privados que queiram fazer parte deste projeto", disse, sem identificar potenciais interessados.

A construção do Hotel Ekuikui I, com capacidade para 70 quartos, dois dos quais suites de luxo, sala de conferências e serviços de apoio, demorou cerca de dois anos.

EL //JMR

Tecnologia portuguesa equipa instrumentos de fiscalização das pescas em Angola

25 de Janeiro de 2013, 11:29

Luanda, 25 jan (Lusa) - Tecnologia portuguesa equipa os instrumentos de fiscalização das pescas em Angola, setor em crescimento que em 2012 teve uma produção de 354,5 mil toneladas de pescado.

O sistema é o MONICAP, acrónimo para Monitorização Contínua das Atividades de Pesca, complementado pela aplicação Seawolf Patrol, criações do Instituto de Novas Tecnologias de Portugal (INOV) e projetos que correspondem a uma carteira de contratos superior a 4,5 milhões de euros.

"Era necessário que encontrássemos uma solução, um sistema que nos auxiliasse num controlo com mais acuidade sobre as embarcações", justificou Domingos Azevedo, diretor do Departamento de Fiscalização Nacional de Pescas.

A tecnologia portuguesa instalada opera a partir da complementaridade de três dispositivos principais: um centro de controlo em terra, uma unidade móvel, vulgarmente designada por "caixa azul" instalada nas embarcações de pesca, e um sistema de comunicações.

Este sistema controla as embarcações industriais e semi-industriais, que operam das oito milhas em diante, e a aplicação Seawolf Patrol completa a malha de fiscalização das 200 milhas da Zona Económica Exclusiva de Angola, contemplando também o rasteio por radar de embarcações de pesca artesanal.

O MONICAP entrou em atividade experimental em novembro de 2010 e a partir de agosto de 2012, com a inauguração do Centro de Controlo Nacional, baseado em Luanda, o sistema de controlo expandiu-se e mantém centros regionais ao longo da costa angolana, nas províncias do Namibe, Benguela e Cuanza Sul, e em breve será a vez das províncias do Zaire, Luanda, Bengo e Cabinda.

Todo o sistema e os operadores angolanos foram formados pelo INOV.

"Para apertar a malha de controlo das embarcações de pesca, o INOV instalou em dezembro passado uma aplicação, a Seawolf Patrol, que faz a interligação com o radar da embarcação. Esta aplicação foi instalada nos dois navios patrulha oceânicos do SNFPA", disse Domingos Azevedo.

As duas embarcações, "Nzinga Mbandi" e "Ngola Kiluanje", fazem parte da frota de 15 navios dedicados à fiscalização da pesca na ZEE de Angola.

O Seawolf Patrol integra tecnologia de ponta eletrónica, comunicações e sistemas d einformação, sendo um sistema de comando e controlo e integrado em tempo real com os sistemas MONICAP para fiscalização da pesca.

Em informação enviada à Lusa, José Luís Melo, diretor do INOV, disse que o objetivo é integrar no sistema as restantes 13 embarcações da frota de fiscalização do Ministério das Pescas de Angola, bem como a partilha de informação com as restantes entidades envolvidas nas atividades de monitorização e controlo marítimo em Angola.

"Até ao momento já foram instaladas uma centena de caixas azuis em embarcações industriais e semi-industriais. Nesta primeira fase pensamos atingir 200 embarcações e posteriormente vamos aumentado o número, adquirindo mais caixas azuis", explicou Domingos Azevedo.

EL // PJA

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