Angola Press
Luanda - O jurista da
ANIP Flávio Inocêncio considerou, em Beijing, que as relações Angola-China têm
potencial para crescer, tendo em conta as sinergias entre os dois países
associadas à necessidade ao know how (conhecimento), ao petróleo e o acesso ao
capital.
O especialista da
Agência Nacional Para o Investimento (ANIP) fez esta antevisão quando
apresentava a comunicação Investimento Privado em Angola durante a conferência
realizada em Pequim para a celebração dos 30 anos do estabelecimento das
relações entre os dois países.
As relações
sino-angolanas têm potencial para crescer, considerando as sinergias entre os
dois países e ao facto de Angola precisar do know how chinês e o acesso ao
capital, enquanto a China necessita de petróleo angolano - disse o jurista,
recordando que o seu país está a exportar mais petróleo para o Oriente do que
aos Estados Unidos.
Na sua
apresentação, o jurista lembrou que a maior parte do investimento chinês em
Angola, de 2002 a 2012, foi negociado directamente pelo Governo angolano, o Internacionl
Fundo Limited (CIF) e o Banco de Exportação e Importação da China (Eximbank).
Para si, estes
acordos abriram linhas de crédito enormes para o país, após o fim da guerra em
2002, colocando a China como uma das razões para a rápida recuperação de Angola
da destruição da guerra.
Em sua opinião,
pode-se dizer que a reconstrução do país, que começou após o fim da guerra, tem
sido possível graças aos investimentos chineses em Angola.
"A cidade do
Kilamba Kiaxi, em Luanda, construída e financiada pelos chineses é um exemplo
de um projecto de sucesso, que o Governo angolano espera replicar em diferentes
províncias do país" - adiantou.
As relações
económicas e comerciais entre a China e Angola aumentaram na última década e
neste período a ANIP registou investimentos no valor de uns 43 mil milhões 346
milhões 100 mil kwanzas.
A maior parte do
investimento chinês em Angola foi focado na construção em um total de 147
projectos, o que representa 75,10 porcento do montante total do investimento em
Angola no valor de 32 mil milhões 555 milhões 400 mil kwanzas (conversão em
cotação não oficial).
Embora, o
investimento chinês na última década, em Angola, tenha sido na construção,
actualmente os investimentos de empresas chinesas estão a se diversificar em
diferentes sectores de actividade como a indústria, comércio e serviços -
aponta a comunicação de Flávio Inocêncio, um dos quatro oradores angolanos na
conferência.
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