EL – VM - Lusa
Luanda, 18 fev
(Lusa) - Angola pediu hoje em Luanda ao Brasil ajuda para criar uma indústria
de defesa para reduzir a dependência angolana do exterior na compra de material
bélico.
O pedido foi
expresso pelo ministro da Defesa angolano, Cândido Van-Dúnem, na abertura das
conversações com o seu homólogo brasileiro, Celso Amorim, que hoje iniciou uma
visita de dois dias a Angola.
Cândido Van-Dúnem
destacou na sua intervenção a ligação com o Brasil, primeiro país a reconhecer
a independência de Angola, em 1975.
"É importante
sublinhar, que no âmbito do processo de reestruturação e potenciação das Forças
Armadas Angolanas, o nosso país tem mantido uma cooperação privilegiada com
diversos países do mundo, em que se inscreve o Brasil, com quem partilhamos
vantagens mútuas", referiu.
Celso Amorim, que
integra na sua delegação oficiais superiores dos três ramos das forças armadas
brasileiras e empresários da indústria de defesa brasileira, vai visitar ainda
hoje a Base Naval de Luanda.
Ao fim da tarde,
está agendado um encontro com o chefe da diplomacia angolana, Georges Chicoti.
As conversações
bilaterais terminam na terça-feira com a assinatura do documento final, seguido
da leitura de um comunicado de imprensa.
A visita de Celso
Amorim ocorre cerca de duas semanas depois de a Embraer Defesa e Segurança ter
entregado os três primeiros aviões A-29 Super Tucano, turbo-hélices de ataque
leve e treino avançado à Força Aérea Nacional de Angola.
Aqueles aparelhos,
que serão empregados em missões de vigilância de fronteiras, constituem a
primeira entrega, pois a encomenda de Angola são seis aviões A-29.
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