sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CAVACO SILVA, PASSOS COELHO E PAULO PORTAS, FORA COM ELES!




Introdução PG

Na atualidade, António José Seguro usou a antiga fórmula de Passos numa questão dirigida a José Sócrates quando ainda era PM – o que é que Sócrates estava a fazer no governo? Justifica-se, mas a resposta que não foi dada é do conhecimento geral. Só que a pergunta é demasiado condensada (fulanizada) e somente dirigida a Passos quando deve ser igualmente dirigida a Portas e a Cavaco Silva, bastante dirigida a Cavaco Silva. O que é que eles estão a fazer nos cargos para que foram eleitos com base em mentiras ou em convenientes inações atuais? Pergunta aplicável aos três da vida airada: Passos, Portas e Cavaco. O que é que estão a fazer ali?

Resposta: Estão a defender interesses próprios, do seu "status", interesses dos seus correligionários do liberalismo radical que são as suas convicções – que não confessaram para serem eleitos. A defender os interesses dos banqueiros amigos e dos executores de cambalachos tipo BPN que se permitiram retribuir a Cavaco – por exemplo - lucros cujos “prejuízos em títulos” para Oliveira Costa estão por explicar. Tudo fruto da democracia e justiça balofa a que Portugal chegou. Dominada por corrupções, conluios e nepotismos, como se vislumbra e se diz à boca cheia. Porém a impunidade impera, só por isso e para isso é que eles estão ali. Com bom grado se aceitariam as suas demissões, porque ali há muito tempo que estão a mais. Fora com eles! (AV-PG)

“O que é que o sr. está a fazer aí?”, pergunta Seguro a Passos


Líder do PS questiona o primeiro-ministro se ainda acha que quem impõe sacrifícios e não cumpre os seus objectivos deve ser “responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos”.

A pergunta gelou o plenário. “O que é que o sr. está a fazer aí?”, perguntou António José Seguro ao primeiro-ministro durante o debate quinzenal que está a decorrer na manhã desta sexta-feira no Parlamento, alegando que o Executivo falhou nas previsões do desemprego e da dívida.

 “O que está a fazer à frente do Governo perante uma nova quebra das exportações, perante um novo aumento da taxa do desemprego, com regiões com 20%?”, insistiu o líder socialista. E perante este cenário, “o que é que os portugueses ouvem do primeiro-ministro?”, voltou a questionar Seguro, para responder logo a seguir “ouvem que os números estão em linha de conta com as previsões do Governo”.

“E o porta-voz do Governo respondeu ontem que estes assuntos não foram alvo de discussão na reunião do Conselho de Ministros”, acrescentou ainda o líder socialista para mostrar a “insensibilidade” do executivo com a realidade. “Sr. primeiro-ministro o que está a fazer à frente do Governo? Os portugueses querem que lhes diga as soluções que tem para os problemas.”

Mas o dedo em riste de Seguro não ficou por aqui, classificando o primeiro-ministro como a “maior tragédia que o país enfrenta” afirmando que “a política de Passos é que agravou os problemas do desemprego”. Mais: o primeiro-ministro recusa admitir que falhou nos objectivos traçados e isso é sinal, para Seguro, da sua “impreparação e incompetência” e da “profunda inconsciência da realidade social e política” do país.

Uma acusação que Seguro usou para chegar a um outro ponto. “Não se pode permitir que os responsáveis pelos maus resultados andem sempre de espinha direita como se não fosse nada com eles. Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?”

Passos agarrou nas cábulas para lançar a Seguro as derrapagens das previsões socialistas de 2009: de um défice de 2,2% e uma dívida de 64% na proposta de orçamento do Estado, acabou corrigida, em Setembro desse ano para 9,3% de défice e 83% de dívida.

“Parece-lhe que isto é um governo que acerte muito?”, questionou Passos Coelho, considerando Seguro “um ilustre herdeiro tão crítico”.

O líder socialista não se ficou e respondeu que “o país precisa de um primeiro-ministro que responda aos problemas dos portugueses; não precisa de um primeiro-ministro que faça oposição ao passado”.

Ao contrário do debate anterior, há duas semanas, em que a bancada socialista esteve boa parte do tempo com poucos deputados, hoje o PS mostra-se bem mais unido. Há aplausos nas intervenções de Seguro, e várias vozes de deputados se elevam com apartes críticos e de protesto quando Passos Coelho fala. Pedro Silva Pereira é um dos mais activos, gritando ao primeiro-ministro “falhou, falhou” e “incompetência”.

O líder socialista avisou que na reunião que terá com a troika, no âmbito da sétima avaliação,  a partir de dia 25, vai dizer à troika que “chega”, que “o país precisa de renegociar uma nova consolidação das suas políticas para colocar o crescimento e o emprego no topo das suas prioridades”.

Foi o suficiente para Passos Coelho mudar de inquirido para inquiridor, pedindo a Seguro que explique o que significa para o PS essa “nova estratégia de consolidação” – se é “gastar mais”, ou “negociar um défice superior para poder gastar mais”, ou “aliviar os impostos” ou, no geral, “é não respeitar aquilo que foi acordado”.

Seguro voltou a tocar no assunto dos 4000 milhões de euros, realçando que esse corte não está no memorando. “Não esconda nada: onde é que são esses cortes?”, perguntou, adiantando depois que o PS vai propor um debate sobre “estratégias de consolidação orçamental” e convidou o primeiro-ministro a participar.

Ao que Passos retorquiu: “O seu interesse pelos cortes é inversamente proporcional à sua vontade de responder sobre o que é a sua nova estratégia de consolidação."

*Título PG

Sem comentários:

Mais lidas da semana