PMA – ARA - Lusa
Maputo, 05 fev
(Lusa) - A Federação Internacional da Cruz Vermelha precisa de 700 mil dólares
(517 mil euros) para prestar ajuda de emergência às vítimas das cheias em
Moçambique, que mataram 91 pessoas e desalojaram mais de 150 mil, anunciou hoje
a organização.
Com a angariação do
fundo, a Federação Internacional da Cruz Vermelha pretende participar no amplo
movimento de solidariedade com que o país está a responder à crise humanitária
provocada pelas calamidades naturais.
Segundo a porta-voz
da organização em Moçambique, Jessica Sallabank, a província de Gaza é a que
tem maior necessidade de ajuda, por ter sido a mais atingida pelas cheias.
"Mais de 100
mil pessoas nesta província foram desalojadas, muitas estão a dormir ao
relento, outras dormem no mato. Parece que se vive uma situação de total
desespero e de caos por lá. No distrito de Chókwé, 40 mil pessoas vivem em
centros de acomodação", frisou Jessica Sallabank.
A Federação
Internacional da Cruz Vermelha mostrou-se preocupada com o perigo de eclosão de
doenças, devido às precárias condições de vida nos centros de alojamento.
"O risco de
malária, diarreia e cólera é muito, muito alto. As pessoas dormem sem redes
mosquiteiras, perto de águas sujas e estagnadas", afirmou Jéssica
Sallabank.
Internamente,
continua ativo o movimento de solidariedade para com as vítimas das cheias,
envolvendo grandes empresas, organizações religiosas e da sociedade civil e
particulares.
A Rede Agha Khan
para o Desenvolvimento e a Comunidade Ismaili, a multinacional BHP Billiton,
principal acionista da fundição moçambicana de alumínio Mozal, a Hidroelétrica
de Cahora Bassa (HCB) e o Sindicato Nacional dos Jornalistas anunciaram que vão
prestar apoio material às vitimas das cheias.
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