terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Governo brasileiro estuda redução de impostos em bens de primeira necessidade




CFF – VM - Lusa

A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, disse hoje que está a estudar a possibilidade de eliminar os impostos sobre os bens de primeira necessidade para conter a inflação que se estima ultrapasse os 5 por cento este ano.

"Está em estudo um desagravamento integral da cesta básica", que primeiro implicará uma revisão dos produtos que a compõem, disse a chefe de Estado brasileira, em entrevista a várias rádios do Estado do Paraná, no sul do Brasil.

Dilma Rousseff disse que uma das metas traçadas para este ano é a redução da taxa de inflação, que no ano passado atingiu os 5,48 por cento e que o setor privado prevê que seja maior em 2013, embora o Governo trabalhe com uma previsão de 5 por cento.

A cesta básica ou cabaz de bens de primeira necessidade no Brasil inclui carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, azeite e manteiga, produtos cujos preços subiram em média 10 por cento em 2012, segundo cálculos dos sindicatos.

A Presidente do Brasil não especificou de que forma se fará a revisão dos produtos incluídos na cesta básica, mas sustentou que a lista atual está "desfasada da realidade" brasileira, pelo que precisa de ser adaptada.

Dilma Rousseff adiantou que a política de desagravamento fiscal por setores, que o Governo está a levar a cabo há dois anos, combinada com a baixa das taxas de juro garantirá o crescimento da economia brasileira.

Admitiu, no entanto, que o crescimento possa ser "mais lento porque o mercado internacional ainda não se recuperou" da crise global.

Segundo cálculos do Governo, a economia brasileira, que encerrou o ano de 2012 com um crescimento menor que 1 por cento, crescerá este ano cerca de 4 por cento, uma previsão revista em baixa pelo setor privado, que aponta para uma expansão de 3,10 por cento.

Sobre a política de desagravamento fiscal que já está a ser aplicada em diversos setores, como o automóvel, o ministro das Finanças, Guido Mantega, disse hoje num fórum internacional em São Paulo que é intenção do Governo manter essa política e mesmo aprofundá-la.

Mantega passou em revista várias medidas adotadas para reduzir os "custos financeiros e de energia" e assegurou que o executivo prevê no próximo ano "uma maior redução dos custos tributários".

Segundo o ministro, "o Brasil está numa cruzada para reduzir os custos" de produção para conseguir baixar o custo de vida dos cidadãos e melhorar a competitividade das exportações.

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