CFF – VM - Lusa
A Presidente do
Brasil, Dilma Rousseff, disse hoje que está a estudar a possibilidade de
eliminar os impostos sobre os bens de primeira necessidade para conter a
inflação que se estima ultrapasse os 5 por cento este ano.
"Está em
estudo um desagravamento integral da cesta básica", que primeiro implicará
uma revisão dos produtos que a compõem, disse a chefe de Estado brasileira, em
entrevista a várias rádios do Estado do Paraná, no sul do Brasil.
Dilma Rousseff
disse que uma das metas traçadas para este ano é a redução da taxa de inflação,
que no ano passado atingiu os 5,48 por cento e que o setor privado prevê que
seja maior em 2013, embora o Governo trabalhe com uma previsão de 5 por cento.
A cesta básica ou
cabaz de bens de primeira necessidade no Brasil inclui carne, leite, feijão,
arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, azeite e manteiga, produtos
cujos preços subiram em média 10 por cento em 2012, segundo cálculos dos
sindicatos.
A Presidente do
Brasil não especificou de que forma se fará a revisão dos produtos incluídos na
cesta básica, mas sustentou que a lista atual está "desfasada da realidade"
brasileira, pelo que precisa de ser adaptada.
Dilma Rousseff
adiantou que a política de desagravamento fiscal por setores, que o Governo
está a levar a cabo há dois anos, combinada com a baixa das taxas de juro
garantirá o crescimento da economia brasileira.
Admitiu, no
entanto, que o crescimento possa ser "mais lento porque o mercado
internacional ainda não se recuperou" da crise global.
Segundo cálculos do
Governo, a economia brasileira, que encerrou o ano de 2012 com um crescimento
menor que 1 por cento, crescerá este ano cerca de 4 por cento, uma previsão
revista em baixa pelo setor privado, que aponta para uma expansão de 3,10 por
cento.
Sobre a política de
desagravamento fiscal que já está a ser aplicada em diversos setores, como o
automóvel, o ministro das Finanças, Guido Mantega, disse hoje num fórum
internacional em São Paulo que é intenção do Governo manter essa política e
mesmo aprofundá-la.
Mantega passou em
revista várias medidas adotadas para reduzir os "custos financeiros e de
energia" e assegurou que o executivo prevê no próximo ano "uma maior
redução dos custos tributários".
Segundo o ministro,
"o Brasil está numa cruzada para reduzir os custos" de produção para
conseguir baixar o custo de vida dos cidadãos e melhorar a competitividade das
exportações.
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