Bissau terá 43 km
de ruas reabilitadas com apoio de Banco Oeste Africano de Desenvolvimento
15 de Fevereiro de
2013, 18:18
Bissau, 15 fev
(Lusa) - O Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) vai financiar a
reabilitação de 43 quilómetros de ruas de Bissau, capital da Guiné-Bissau, num
valor total de 43 mil milhões de francos CFA (65,6 milhões de euros).
O acordo nesse
sentido foi hoje assinado em Bissau pelo governo de transição e pelo presidente
da instituição, Christian Adovelande.
O projeto está
dividido em três fases e numa primeira fase será reabilitada a estrada circular
de Bissau, que liga o porto (responsável pela grande maioria das importações e
exportações do país) à zona do aeroporto (e saída da cidade), o que vai tirar
muito trânsito pesado do centro da capital.
A primeira fase, de
13,5 quilómetros, terá um custo de 13 mil milhões de francos, 12,1 (18,4
milhões de euros) suportados pelo BOAD.
"Os objetivos
gerais do projeto são os de melhorar as condições de vida e de circulação da
população da cidade de Bissau. Os objetivos específicos são de desencravar 10 bairros
de Bissau, dos 47 que compõem a cidade, e facilitar o acesso aos centros
administrativos e comerciais até ao porto de Bissau e criar maior segurança
para os moradores", disse o ministro das Finanças, Abubacar Demba Dahaba.
O programa
compreende a reabilitação, no total, de 25 vias urbanas de Bissau. Vão ser
"facilitadas as trocas comerciais entre a Guiné-Bissau, o Senegal e a
Guiné-Conacri, através do aumento do tráfego a partir do porto de Bissau",
salientou o presidente do BOAD na altura da assinatura do acordo.
"O BOAD, ao
financiar este projeto, tem uma dupla missão, a promoção do desenvolvimento
económico equilibrado dos seus Estados membros e a facilitação das trocas
económicas e sociais ao nível nacional e sub-regional", disse Christian
Adovelande.
Abubacar Demba
Dahaba lembrou que há pouco tempo se assinou também um acordo para a
reconstrução da estrada Mansoa-Farim, a leste, disse que em breve será
reabilitada a estrada Buba-Catio, no sul, e considerou que com o acordo de hoje
se está "a assistir a uma verdadeira revolução de reabilitação das
infraestruturas rodoviárias do país".
FP // APN.
Treinador português
Paulo Torres oferece-se para treinar seleção da Guiné-Bissau
15 de Fevereiro de
2013, 15:50
Bissau, 15 fev
(Lusa) - O treinador português Paulo Torres endereçou uma carta ao presidente
da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Manuel Lopes, manifestando
vontade de treinar a seleção do país.
Em carta a que a
agência Lusa teve hoje acesso, e que está a ser divulgada na imprensa guineense,
Paulo Torres diz-se "apaixonado pelo talento que existe nos jogadores
guineenses" e ainda lembra ao presidente da FFGB o fato de ter estado dois
meses seguidos no país onde pode comprovar o que diz na missiva.
Antigo jogador do
Sporting e campeão do mundo de 20 por Portugal, Paulo Torres sustenta a sua
ambição de orientar a seleção guineense na base de um projeto de
desenvolvimento do futebol local a implementar em três anos.
"Escrevo esta
carta com maior dedicação e paixão, ficando desde logo ao vosso dispor,
sentindo que conseguirei mudar o futebol da Guiné-Bissau num espaço de três
anos. Quero conquistar a vossa confiança e a do povo da Guiné-Bissau",
lê-se na missiva do treinador português.
Paulo Torres
promete trabalho e profissionalismo para merecer a confiança dos guineenses,
predispondo-se para viajar para a Guiné-Bissau logo que for chamado pelo
presidente da Federação.
A Guiné-Bissau foi
orientada entre abril de 2010 a outubro de 2011 pelo técnico luso Luís Norton
de Matos, que entretanto, deixou a seleção guineense para orientar a equipa B
do Benfica.
Em junho passado e
no jogo diante dos Camarões, a contar para as eliminatórias para o Mundial de
2014, a Guiné-Bissau foi orientada por um outro técnico português, Carlos
Manuel, na altura, apresentado pelo presidente da Federação guineense de
futebol como sendo o selecionador nacional.
De lá para cá o
nome de Carlos Manuel nunca mais voltou a ser falado como selecionador da
Guiné-Bissau.
Autoridade
Reguladora da Guiné-Bissau com equipamento para fiscalizar rádios
15 de Fevereiro de
2013, 18:52
Bissau, 15 fev
(Lusa) - A Autoridade Reguladora Nacional (ARN) da Guiné-Bissau no domínio das
tecnologias de informação e comunicação tem a partir de hoje equipamento para
fiscalizar o uso do espetro radioelétrico, que permite silenciar emissoras
ilegais.
O novo sistema de
fiscalização foi hoje apresentado ao público e permite verificar se as rádios
estão a emitir nas frequências atribuídas e "fiscalizar todas as
irregularidades, tanto a nível de operadores (de telefone móvel) como de
rádios", e tem também a componente de "medição da radiação das
antenas", disse o presidente da ARN, Gibril Mané.
De acordo com o
responsável o equipamento, que inclui uma viatura tecnicamente equipada e um
sistema informático fixo, custou cerca de 575 mil dólares (430,5 mil euros).
Gibril Mané disse
que as rádios não estão a cumprir a lei e que a ARN vai fazer o possível
"para regularizar o setor", pelo que "é necessário estar bem
equipada".
De acordo com o
responsável mais de 80 por cento das rádios que operam no país não entregaram
às autoridades um projeto técnico, pelo que terão de o fazer até 31 de março.
"Está na hora
de cada um cumprir a sua obrigação", avisou, acrescentando que o novo
equipamento da ARN vai "disciplinar o mercado" e que "a partir
de agora as rádios terão de respeitar em função da licença" que lhe foi
atribuída, para evitar interferências.
Até agora, as
rádios da Guiné-Bissau, cerca de 40 entre a nacional, comerciais e
comunitárias, não têm licenças definitivas de funcionamento. A falta de filtro
harmónico (as harmónicas são múltiplos da frequência original e podem causar
interferências noutra frequência) e antenas superiores à licença provisória
atribuída são casos comuns na Guiné-Bissau.
FP //JMR.
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