Presidente
Parlamento da Guiné-Bissau convoca para sexta-feira debate sobre governação do
país
28 de Fevereiro de
2013, 13:28
Bissau, 28 fev
(Lusa) - O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Ibriama Sory Djaló, em
"guerra aberta" com o Governo de transição, convocou hoje para
sexta-feira um debate sobre a governação do país que diz ser péssima.
Para o debate, o
primeiro do género no Parlamento guineense desde o golpe de Estado de abril
passado, servirá para que os parlamentares analisem o exercício do Governo de
transição "em todos os domínios".
Ibraima Sory Djaló
disse hoje no Parlamento que o debate não tem como objetivo derrubar o Governo,
mas sim produzir uma resolução na qual os deputados irão dizer o que pensam da
governação.
A resolução, adiantou
Djaló, será entregue ao Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, aos militares
(autores do golpe de Estado) e ao Ministério Público para que se saiba como
está a ser gerido o dinheiro público.
"O Governo
nega que esteja a 'comer' o dinheiro público, então vamos analisar aqui os
documentos e depois produzirmos uma resolução sobre o que constatámos e
entregar a quem de direito", enfatizou o presidente do Parlamento, sendo
saudado, de pé, por todos os deputados presentes na sala.
Em relação ao
anúncio do Governo de que vai pedir ao Ministério Público que instaure um
processo de inquérito às suas acusações de que o Governo gere o dinheiro sem
dar satisfações nem justificações, Sory Djaló disse estar tranquilo.
"O Governo que
avance com esse inquérito, talvez no Ministério Público possamos revelar mais
dados", afirmou Sory Djaló, sublinhando que "talvez com o
inquérito" o Governo de transição possa "ser corrido mais
rapidamente".
Vários deputados
que usaram da palavra no período antes da ordem do dia afirmaram-se solidários
com o presidente do Parlamento, lembrando que qualquer ataque contra aquele é
também dirigido contra todos os deputados.
MB // VM.
Homem que se fazia
passar por médico detido pela polícia no sul da Guiné-Bissau
28 de Fevereiro de
2013, 15:24
Bissau, 28 fev
(Lusa) - A polícia da Guiné-Bissau prendeu hoje um homem que se fazia passar
por médico e que dava consultas, fazia prescrições e dava injeções aos
"seus" pacientes, em várias localidades no sul do país.
Segundo o comando
da polícia da zona sul, citado pela rádio Galáxia de Pindjiguiti, o falso
médico tinha "um consultório ambulante", que ia fixando em várias
localidades, onde normalmente existe falta de serviços de saúde pública.
Após algumas
denúncias da população, fundadas em prescrições médicas, o falso médico foi
apanhado em flagrante pela polícia, aguardando agora a formalização dos autos
para ser entregue ao Ministério Publico, segundo a rádio.
Das primeiras
investigações, a polícia diz ter descoberto que o homem, de cerca de 40 anos,
não tem nenhuma formação médica e que há vários anos vinha praticando a fraude,
a troco do pagamento das consultas que cobrava aos pacientes.
A detenção do falso
médico ocorreu justamente numa altura em que os quatro profissionais, médicos e
enfermeiros, colocados no hospital Carlota Tite (extremo sul da Guiné-Bissau)
entraram em greve por tempo indeterminado.
Os profissionais,
disse a rádio, estão a protestar pelo facto de não terem recebido os salários e
subsídios do último mês, tudo porque o responsável financeiro da zona teria
levantado o dinheiro em Bissau, mas apenas terá alegadamente entregado parte do
montante levantado no Ministério da Saúde.
MB // VM.
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