William Mapote –
Voz da América
Vicente Ramaya, um
dos seis elementos condenados pela morte do jornalista Carlos Cardoso, saíu em
liberdade
MAPUTO — Doze
anos depois, Vicente Norotan Ramaya, um dos presos mais famosos do país, foi
hoje restituído a liberdade condicional, por bom comportamento, após cumprir a
pena a que está condenado.
Passava pouco depois das 17 horas em Maputo, quando os oficiais de justiça
saíam do edifício do Comando Geral da Polícia, onde Ramaya estava encarcerrado,
alegadamente por motivos de maior segurança.
Num ambiente bastante discreto, presenciado por um grupo de jornalistas
nacionais, pelo advogado de defesa, advogado de defesa e acompanhado por um
grupo de cerca de dez elementos da polícia, Vicente Ramaya, um dos seis
elementos condenados pela morte do jornalista Carlos Cardoso, saía em
liberdade.
Sem prestar declarações Ramaya, que cumpriu metade dos pouco mais de 23 anos a
que fora condenado, foi conduzido a sua luxuosa residência, localizado no
bairro central, um dos mais nobres da capital moçambicana.
Para além de envolvimento como mandante da morte de Cardoso, Ramaya foi também
condenado pelo desfalque do extinto Banco Comercial de Moçambique, onde era um
dos gestores, no valor de 144 biliões de Meticais.
A saída em liberdade de Ramaya está em volto de alguns questionamentos por
parte da opinião pública e do meio forense.
Para além da advogada da família Cardoso, Lucinda Cruz, que em entrevista a
agência Lusa questionou a libertação antes do pagamento da indemnização fixada
poelo tribunal, informações ainda por confirmar indicam que o Ministério
Público apresentou um recurso da decisão.
Áudio: Libertado
Vicente Ramaya
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