Presidente do Fórum
dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique libertado pelo tribunal
15 de Fevereiro de
2013, 08:55
Maputo, 15 fev
(Lusa) - O presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique,
Hermínio dos Santos, foi hoje libertado pelo Tribunal Judicial da Cidade de
Maputo, três dias após ter sido detido pela polícia.
Hermínio dos
Santos, um ex-militar do exército governamental moçambicano, foi detido na
quarta-feira, depois de, na segunda-feira, dezenas de membros do Fórum dos
Desmobilizados de Guerra de Moçambique se terem concentrado perto do gabinete
do primeiro-ministro, Alberto Vaquina, para reivindicar o pagamento de uma
pensão mensal de 20 mil meticais (492 euros).
"Estou livre,
quando entrei no tribunal levado pela polícia, a juíza deu-me isto (mandato de
soltura) e disse ´vai para casa`, são manobras do Governo, mas a luta
continua", disse, em declarações à Lusa, o presidente do Fórum dos
Desmobilizados de Guerra.
Hermínio dos Santos
afirmou que a polícia não apresentou as razões da detenção nem o tribunal
fundamentou os motivos da sua soltura.
No ano passado, o
porta-voz do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique, Jossias Matsena,
também foi detido pela polícia e acusado de incitação à violência, mas foi
absolvido pelo tribunal sob o fundamento de não ter sido encontrada matéria
criminal para a sua detenção.
A concentração de
segunda-feira segue-se a várias manifestações que o grupo organizou em 2012
pelo pagamento de uma pensão mensal.
Para sanar o
problema, o parlamento moçambicano aprovou o Estatuto do Combatente, que
preconiza o pagamento de pensões aos ex-militares e membros da insurreição
armada que participaram nos 16 anos de guerra civil moçambicana.
O documento foi
prontamente rejeitado pelo Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique,
mas aceite por outras organizações representativas dos combatentes da guerra
civil.
PMA // VM.
PGR de Moçambique
lança investigação ao alegado envolvimento de ministro da Agricultura no
contrabando de madeira
15 de Fevereiro de
2013, 13:53
Maputo, 15 fev
(Lusa) - A Procuradoria-geral da República moçambicana anunciou hoje que vai
lançar nos próximos dias uma investigação ao suposto envolvimento do ministro
da Agricultura, José Pacheco, e do seu antecessor, Tomás Mandlate, implicados
por um relatório internacional no contrabando de madeira.
Um documento
publicado recentemente pela Agência de Investigação Ambiental, organização
não-governamental do Reino Unido, denuncia a exploração ilegal de madeira por
empresas chinesas com conivência de altos quadros do governo moçambicano.
A pesquisa aponta
José Pacheco e Tomás Mandlate como "facilitadores" da exportação
ilegal de madeira, o que levou hoje a Procuradoria-Geral da República de
Moçambique a garantir que "vai, de acordo com os fatos apresentados,
iniciar as investigações".
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