segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PROFESSORES DO ENSINO PÚBLICO DA GUINÉ-BISSAU INICIAM GREVE DE UM MÊS




FP – MLL - Lusa

Bissau, 18 fev (Lusa) - Os professores do ensino público da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma greve de um mês pelo que dizem ser o incumprimento por parte do Governo de acordos com a classe.

Luís Nancassa, presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), disse à agência Lusa que todas as escolas estão encerradas e que os professores só voltarão a dar aulas quando o Governo cumprir os acordos assinados com os sindicatos.

"O memorando que assinámos em outubro e que abortou a greve na altura não está a ser observado, o Governo não cumpriu", disse Luís Nancassa.

De acordo com o sindicalista, o Governo pagou os primeiros sete meses de diuturnidades atrasadas e depois "não pagou mais nada".

Luís Nancassa disse que para terça-feira está marcada uma reunião com o Governo, mas acrescentou que a greve só será desconvocada se o executivo cumprir o que ficou acordado no ano passado e que tem a ver, nomeadamente, com pagamentos em atraso, mudanças de letra e aplicação do estatuto da carreira docente.

O presente ano letivo começou atribulado, com os professores a marcarem uma greve de dois meses com início a 17 de setembro, data do começo das aulas.

Os professores exigiam, além do pagamento de salários em atraso, menor carga horária e turmas mais pequenas.

As aulas só começaram em novembro, quando os sindicatos aceitaram desconvocar a greve mediante o pagamento de um mês de salário aos professores de novos ingressos, contratados e doentes, e de cinco diuturnidades aos restantes.

Segundo Luís Nancassa, do memorando assinado com o Governo nada mais foi cumprido.

O universo de professores abrangido pela greve é de cerca de cinco mil. Os professores ganham em média, segundo o sindicalista, 50 mil francos CFA (76 euros).

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