FP – MLL - Lusa
Bissau, 18 fev
(Lusa) - Os professores do ensino público da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma
greve de um mês pelo que dizem ser o incumprimento por parte do Governo de
acordos com a classe.
Luís Nancassa,
presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), disse à agência
Lusa que todas as escolas estão encerradas e que os professores só voltarão a
dar aulas quando o Governo cumprir os acordos assinados com os sindicatos.
"O memorando
que assinámos em outubro e que abortou a greve na altura não está a ser
observado, o Governo não cumpriu", disse Luís Nancassa.
De acordo com o
sindicalista, o Governo pagou os primeiros sete meses de diuturnidades
atrasadas e depois "não pagou mais nada".
Luís Nancassa disse
que para terça-feira está marcada uma reunião com o Governo, mas acrescentou
que a greve só será desconvocada se o executivo cumprir o que ficou acordado no
ano passado e que tem a ver, nomeadamente, com pagamentos em atraso, mudanças
de letra e aplicação do estatuto da carreira docente.
O presente ano
letivo começou atribulado, com os professores a marcarem uma greve de dois
meses com início a 17 de setembro, data do começo das aulas.
Os professores
exigiam, além do pagamento de salários em atraso, menor carga horária e turmas
mais pequenas.
As aulas só
começaram em novembro, quando os sindicatos aceitaram desconvocar a greve
mediante o pagamento de um mês de salário aos professores de novos ingressos,
contratados e doentes, e de cinco diuturnidades aos restantes.
Segundo Luís
Nancassa, do memorando assinado com o Governo nada mais foi cumprido.
O universo de
professores abrangido pela greve é de cerca de cinco mil. Os professores ganham
em média, segundo o sindicalista, 50 mil francos CFA (76 euros).
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