... sobre venda de
petróleo - ministro
MYB – PJA - Lusa
São Tomé 17 Fev
(Lusa) - São Tomé e Príncipe perdeu em 2012 cerca de 12 milhões de dólares (09
milhões de euros) por ter rejeitado um memorando assinado com uma empresa sobre
a comercialização dos 30 mil barris de petróleo diário da Nigéria, revelou hoje
o ministro dos Recursos Naturais, Osvaldo Abreu.
"Em 17 de
outubro de 2011, o governo assinou um memorando de entendimento com uma empresa
para efeitos dessa operação dos 30 mil barris de petróleo, interrompendo a
operação que vinha sendo feito com um outro operador", explicou o
ministro.
O governo cessante
"não procedeu à execução do memorando, dando os devidos poderes à empresa
interessada de ir levantar os barris e pagar as respetivas percentagens ao
estado são-tomense, fazendo com que durante o ano de 2012 nós nos víssemos
privados deste montante", acrescentou.
"O montante
que foi assinado pelo governo anterior refere-se a uma quantia de um dólar por
barril de petróleo, o que nos daria qualquer como 12 milhões de dólares que nós
perdemos em 2012", disse o governante.
O ministro
são-tomense que se pronunciava ontem no parlamento considera
"legítima" a decisão do governo anterior, liderado por Patrice
Trovoada, de suspender o acordo de comércio dos 30 mil barris de petróleo
fornecido pela Nigéria, mas considera "anormal" que depois do
memorando ter sido assinado com um novo operador o governo tenha
"simplesmente decidido ignorá-lo".
Osvaldo Abreu
referiu que os 30 mil barris de petróleo diário é "uma ação de
benevolência do governo nigeriano e o pedido foi feito com a finalidade de
pagar a formação dos nossos estudantes e achamos que ninguém tem o direito de
faltar com este compromisso".
"Assim que
chegamos ao gabinete, o antigo operador veio ter connosco e nos expôs uma
situação de que ele foi interrompido em 2011 de prosseguir a operação e que
estava disposto e interessado em prosseguir com o negócio", acrescentou
ainda o ministro.
O titular dos
recursos naturais de São Tomé e Príncipe disse que o seu governo manifestou-se
"disponível em renegociar" com o antigo operador, pois a intenção é
"de forma muito célere podermos contar com aquela quantia e pagarmos as
bolsas dos nossos estudantes muitos dos quais já estão há um ano sem
receber".
Algumas semanas
depois, deslocaram-se ao arquipélago "alguns empresários com o novo
memorando assinado pelo ministro do governo cessante Afonso Varela".
"Ninguém
conhecia este memorando: não há cópia no ministério, não há no gabinete do
primeiro-ministro, nem há cópia na Agencia Nacional de Petróleo", explicou
o ministro.
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