sexta-feira, 15 de março de 2013

Angola: COMBATE À IMIGRAÇÃO ILEGAL, 20 MIL ENFERMEIROS PRECISAM-SE

 


Angola vai instalar tecnologia para controlar imigração ilegal a partir da RDCongo
 
13 de Março de 2013, 16:25
 
Luanda, 13 mar (Lusa) - Angola vai instalar nos próximos meses, na fronteira que partilha com a vizinha República Democrática do Congo, um sistema tecnológico para combater a imigração ilegal, noticiou hoje a agência Angop.
 
O sistema é semelhante ao que já se encontra em funcionamento na província da Lunda Sul.
 
Os dois países partilham uma fronteira de 2.511 quilómetros, a mais extensa entre os 5.198 quilómetros que tem no total também com a República do Congo, Zâmbia e Namíbia.
 
A Angop, que cita o comandante provincial da Polícia Nacional na província do Zaire, comissário Francisco Massota, adianta que o sistema será instalado com a cooperação de especialistas dos governos da Rússia e de Israel.
 
Sete das 18 províncias que compõem Angola fazem fronteira com a RDCongo, sendo esta a zona que mais preocupa as autoridades de Angola.
 
A crescente imigração ilegal é uma das principais preocupações das autoridades angolanas e está no cerne do seminário de dois dias que hoje se iniciou em Luanda, promovido pelo Observatório da África, Caribe e Pacífico (ACP), uma rede de pesquisadores e especialistas de migração que trabalha sobre migrações Sul-Sul.
 
O seminário, realizado em parceria com o Ministério do Interior de Angola, junta representantes de agências governamentais, instituições de pesquisa e de organizações da sociedade civil e visa reforçar o diálogo e a cooperação sobre a gestão de dados migratórios entre os operadores ligados a este tema.
 
O secretário de Estado do Ministério do Interior, Hermenegildo José Félix, que fez a abertura do seminário, destacou que, durante o conflito armado que Angola registou por mais de três décadas, as tendências de migração eram caracterizadas pela migração interurbana, sendo a capital do país, Luanda, e as cidades do litoral, consideradas as mais seguras.
 
"Por este facto, foram estas localidades que de forma mais acentuada sentiram os efeitos da deslocação interna de pessoas, fluxos transfronteiriços de refugiados, assim como da migração económica de trabalhadores qualificados e não qualificados", referiu.
O Observatório ACP sobre as migrações, que tem concentrada a sua atenção na situação dos migrantes e na promoção da inclusão da migração nas estratégias de desenvolvimento em 12 países-piloto - designadamente Angola, Camarões, República Democrática do Congo, Quénia, Lesoto, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Haiti, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Trinidad e Tobago -, considera que a região da África subsaariana lidera a migração intrarregional e a mobilidade Sul-Sul, devendo as oportunidades e benefícios serem aproveitadas.
 
Nesse sentido, os fluxos migratórios entre os países em desenvolvimento é outro ponto a ser analisado durante o seminário.
 
Angola tem registado um crescente fluxo de migração, desde o fim da guerra, fruto do desenvolvimento económico que o país regista desde essa altura. A preocupação com este assunto tem levado as autoridades deste país africano a criarem várias medidas para dirimir a situação.
 
A título de exemplo, em 2012, segundo a Angop, 10.636 cidadãos estrangeiros em situação migratória ilegal foram expulsos da província de Cabinda, na sua maioria congoleses democráticos (10.095), seguindo-se o Congo Brazzaville, Costa do Marfim, Camarões, Senegal, Mali, Mauritânia, Guiné-Bissau, Gâmbia, Gabão, Filipinas, Portugal, China e Holanda.
 
NME // MLL
 
Angola precisa de mais 20 mil enfermeiros
 
13 de Março de 2013, 17:14
 
Luanda, 13 mar (Lusa) - Angola tem um défice de cerca de 20 mil enfermeiros, disse hoje em Luanda a secretária de Estado para a Inovação, em declarações à agência Lusa.
 
Maria Augusto Almeida, que falava após a abertura dos trabalhos do XV encontro da Rede de Estudos Ambientais de Língua Portuguesa (REALP), destacou aquele número de entre as carências de Angola, em várias especialidades, e que o Governo deseja preencher até 2020, no âmbito do Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ).
 
"O Plano Nacional de Formação de Quadros, a vigorar entre 2013 e 2020, visa formar quadros nas áreas mais deficitárias, particularmente nas tecnologias e áreas de saúde. Temos défices muito fortes e nalguns casos nem sequer existem", disse Maria Augusto Almeida.
 
"É um plano do executivo. Por exemplo, temos um défice de cerca de 20 mil enfermeiros. Em diferentes áreas estão identificados os números necessários. Estamos em crer que até lá vamos cumprir com essas metas. É um plano do país", acrescentou.
 
O PNFQ prevê formar um total de 104 mil quadros.
 
Na sua intervenção de abertura dos trabalhos do XV encontro da REALP, a secretária de Estado angolana anunciou a abertura de cursos superiores na área do ambiente, porque existe um défice de quadros formados na área ambiental.
 
O XV encontro da REALP, organizado pela Reitoria da Universidade Agostinho Neto, visa aumentar o número de projetos científicos de pós-graduação em rede entre as instituições associadas.
 
Neste encontro, de três dias, vão ser abordados temas como "Águas e Recursos Hídricos", "Desenvolvimento Urbano", "Biodiversidade e Conservação ", "Forças Renováveis "e "Avaliação Ambiental e Riscos".
 
Participam no encontro docentes de universidades de Angola, Portugal, Brasil, Cabo Verde e especialistas do setor do Ambiente angolanos.
 
Criada em 1992, como Rede Luso-Brasileira de Estudos Ambientais, tem como objetivo de promover a cooperação científica na área do ambiente e do desenvolvimento sustentável entre Portugal e o Brasil, através da execução de um curso de Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais em ambos os países de língua portuguesa.
 
Atualmente, a rede integra seis universidades portuguesas, cinco brasileiras, e uma de Moçambique, Cabo Verde e Angola.
 
EL // VM
 

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