MC – PMC - Lusa
O ministro das
Finanças alemão, Wolfgang Schauble, considera que o resgate a Chipre, que prevê
taxas sobre os depósitos acima dos 100 mil euros, não é modelo para futuros
programas de ajuda a países da Zona Euro.
"Chipre é e
continuará a ser um caso único e especial", assegurou Schauble numa
entrevista hoje divulgada pelo jornal alemão Bild.
O titular das
Finanças explicou que os principais bancos de Chipre eram, "na prática,
insolventes" e que o Estado cipriota não podia “assegurar o dinheiro dos
depósitos" devido à hipertrofia do setor bancário do país.
"Por isso,
tiveram que ser os outros Estados da Zona Euro a ajudar", adiantou o
ministro alemão.
Mesmo assim,
indicou, o Eurogrupo decidiu que "proprietários e credores participassem
nos custos" do resgate, "isto é, aqueles que contribuíram para
originar a crise".
No entanto,
Schauble acredita que a decisão em relação a Chipre não cria um precedente, ao
contrário do presidente do Eurogrupo, o ministro holandês Jeroen Dijsselbloem,
que ao admitir, esta semana, a exportação do modelo para outros Estados da Zona
euro provocou quebras acentuadas nas bolsas europeias.
Numa entrevista
esta semana, Jeroen Dijsselbloem admitiu a possibilidade de exportar o modelo
de resgate de Chipre para outros Estados da Zona Euro, apesar de prontamente
ter retirado as suas palavras.
"Os depósitos
na Europa estão seguros", afirmou, em sentido contrário, o ministro alemão
na entrevista ao Bild, clarificando assim a postura do Governo alemão, cuja
indefinição sobre o assunto também contribuiu para a turbulência das bolsas
esta semana.
A Comissão europeia
também rejeitou esta semana que as linhas traçadas pelo programa de ajuda a
Nicósia possam ser um modelo para futuros resgates na Zona Euro.
Opinião Página
Global
Repare-se que este ministro
alemão fala como se fosse dono da Europa. Dirão alguns que é para acalmar as
bolsas e os mercados. Dirão também que na realidade a Alemanha já é dona da
Europa, a passos de enveredar descaradamente pelo seu saudoso nazismo total – o
económico-financeiro já está em prática. Tudo isto é muito preocupante e deixa
transparecer o domínio da Alemanha de modo inadmissível, de modo a romper com o
espírito e objetivos por que foi criada a Comunidade Económica Europeia que
depois deu lugar à União Europeia. É o que está a acontecer. Retirem-se tais
poderes à Alemanha. Os países afetados por tal política nazi (a tal raça
superior) têm uma solução: unirem-se e encontrarem soluções que afastem esta
permanente ameaça. Principalmente os países do sul da Europa, incluindo a
França, devem fazê-lo. A Alemanha já está a ir longe demais. Muito mais longe
irá se não a contivermos. Se necessário ostracizando-a, não comprando produtos
alemães. Não é democrático nem condiz com o espírito da UE? Pois não. Mas, então,
aquilo que a Alemanha está a pôr em prática é democrático e condiz com o espírito
da UE? Com ferros matas, com ferros morres! (Redação PG)
Sem comentários:
Enviar um comentário