PEDRO NUNES
RODRIGUES - Público
Os militares
mostram-se preocupados com a situação de crise que o país atravessa. A Associação
Nacional de Sargentos (ANS), a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA)
e a Associação de Praças (AP) estão a dar indicações aos seus associados para
participarem na manifestação deste sábado, inicialmente convocada pelo
movimento Que se Lixe a Troika.
O presidente da
ANS, Lima Coelho, disse ao PÚBLICO que “não enquanto ANS, mas enquanto
cidadãos”, estão a informar os seus camaradas que lá estarão, apelando assim a
todos os sargentos que participem na manifestação. “Nós somos membros da
sociedade e encorajamos a participação [dos militares] ao lado das suas
famílias”, acrescentou Lima Coelho.
A AOFA está a fazer
o mesmo apelo aos seus associados, como o PÚBLICO apurou junto do presidente
deste órgão, Pereira Cracel. Esta associação defende a participação dos
militares “na qualidade de cidadãos” porque diz que devem participar enquanto
entenderem “ser pertinente”.
Já o presidente da
AP, Luís Reis, afirmou ao PÚBLICO que a organização está a dar “indicações para
que [os militares] participem na manifestação enquanto membros da sociedade”.
Um comunicado de imprensa enviado ao PÚBLICO pela AP “apela a todos os praças
que, fazendo uso do seu direito de cidadania, participem em iniciativas
organizadas pela sociedade civil” para demonstrar que os militares estão
“solidários nos seus legítimos anseios numa vida melhor”.
O documento refere
ainda que as medidas levadas a cabo por um Governo “que, num acto de genuflexão
para com a troika, entrega de mão beijada a soberania nacional” não
podem ser medidas “que os militares aceitem de bom grado”.
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