domingo, 17 de março de 2013

Portugal: NÃO TINHA DE SER ASSIM, POIS NÃO?




Diário de Notícias, editorial

O ministro das Finanças consegui retirar o País de uma encruzilhada e empurrá-lo para um beco sem saída. A austeridade, não é como prometeu Vítor Gaspar, o matemático passe de mágica que nos levaria ao crescimento. Falhou. Todas as previsões falharam.

E por mais néscio que possa parecer até Pedro Passos Coelho já diz, como se nada fosse, que "previsões são apenas previsões".

Não são! O desemprego que afoga o País não é uma previsão, a recessão que nos arrasta para a pobreza não é uma previsão, o défice que ultrapassa todas as barreiras não é uma previsão, a dívida que cresce descontroladamente não é uma previsão, os direitos perdidos e ameaçados não são uma previsão.

A realidade, senhor primeiro-ministro é que a política do "custe o que custar" e o designio do "ir mais além da troika" apenas teve um resultado: estamos pior, muito pior. Por mais que isso incomode um CDS que não soube, até hoje, sair das trevas e assumir de forma clara, em nome do futuro do País, as suas opções políticas no Governo.

E alternativas? O líder socialista sabe que está mais próximo de ter que assumir as suas responsabilidades. Porém, resta uma profunda e sustentada dúvida. Qual é mesmo o caminho de futuro que é proposto por Seguro?

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