sexta-feira, 5 de abril de 2013

Angola: APONTAMENTOS A 4 DE ABRIL DE 2013. HOMEM NOVO E HOMEM VELHO!




Martinho Júnior, Luanda

1 ) Há uma linha que distingue a construção do homem novo angolano e o homem velho que amarra muitos ao passado.

2 ) Essa linha passou durante muitos anos pelas frentes de combate e hoje está também presente nos fermentos de paz.

3 ) A ideia da construção do homem novo está associada a uma visão progressista do mundo, àquilo que identifico como lógica com sentido de vida, que advém do próprio movimento de libertação em África.

4 ) O homem velho que amarra muitos ao passado, manifesta-se de forma retrógrada, por vezes oportunista e identifica-se com ideologias no mínimo "conservadoras" (para alguns ideias próximas até das condutas típicas do fascismo).

5 ) A construção do homem novo implicou e implica imensos sacrifícios, mas a unidade e a identidade nacional têm sem dúvida um historial que permitiu vencer as sequelas do passado fascista, colonial e do "apartheid".

6 ) Essa é a trilha justa para Angola, por que voltar alguma vez ao passado é tornar o esforço de gerações e gerações de patriotas angolanos uma aberração da história, quando é de facto uma afirmação histórica de resgate e de sublimação em relação ao passado!

7 ) Julgo que a construção do homem novo está aberta em Angola e é nessa linha que eu me coloco; em que linha se coloca o Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe? 

Foto: Festival na Marginal 4 de Fevereiro após inauguração do Museu Nacional Militar.

6 comentários:

Anónimo disse...

O homem novo é um comunista otário

Anónimo disse...

O homem novo nunca será um otário e perverso capitalista!

Anónimo disse...

O homem novo também nunca será um fascista encapotado, ou um sicário do império!

Anónimo disse...


FASCISTINHAS!

Enquanto alguns otários viviam à sombra de regimes ditatoriais no Brasil, os angolanos levantavam-se contra ditaduras fascistas, colonialistas e racistas no outro lado do Atlântico!

Onde andavam (e onde andam) esses otários quando era/é tão precisa, na África Austral levar a cabo a saga de resgate do passado (e do presente), em benefício tão alargado quanto se aspira, de milhões e milhões de seres que vivem ainda à margem do desenvolvimento?

Essa é uma riqueza histórica adquirida com sangue, suor e lágrimas, que em Angola e na África Austral faz parte dos alicerces do homem novo e só os neo fascistas do século XXI a poderão não compreender, ou pô-la em causa!

Não é de admirar por que os neo fascistas de hoje são os herdeiros dos fascistas de ontem e em Angola sabe-se qual é a sua intrínseca identidade... até pelo cheiro!


Anónimo disse...

FAZER RESSURGIR A "AUTENTICITÉ"!

Nem "mapa côr de rosa" (de Angola à contra-costa) da monarquia portuguesa, nem "mapa vermelho" (do Cabo ao Cairo) do imperialismo colonial britânico, mas uma coisa da "autenticité" inspirada nas conjunturas que explorou Mobutu.

De qualquer modo o embrião dum mecanismo de pressão só possível com o capitalismo neo liberal (não há nada como "experimentar", pois o "laboratório" em África dá para todo o tipo de "experiências").

Compare-se os mapas de então (1890), com os mapas actuais do Grupo do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe!


ULTIMATO BRITÂNICO DE 1890:

O Ultimato britânico de 1890 foi um ultimato do governo britânico - chefiado pelo primeiro ministro Lord Salisbury - entregue a 11 de Janeiro de 1890 na forma de um "Memorando" que exigia a Portugal a retirada das forças militares chefiadas pelo major Serpa Pinto do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola (nos actuais Zimbabwe e Zâmbia), a pretexto de um incidente entre portugueses e Macololos. A zona era reclamada por Portugal, que a havia incluído no famoso Mapa cor-de-rosa, reclamando a partir da Conferência de Berlim uma faixa de território que ia de Angola à contra-costa, ou seja, a Moçambique. A concessão de Portugal às exigências britânicas foi vista como uma humilhação nacional pelos republicanos portugueses, que acusaram o governo e o rei D.Carlos I de serem os seus responsáveis. O governo caiu, e António de Serpa Pimentel foi nomeado primeiro-ministro. O Ultimato britânico inspirou a letra do hino nacional português, "A Portuguesa". Foi considerado pelos historiadores Portugueses e políticos da época a acção mais escandalosa e infame da Grã-Bretanha contra o seu antigo aliado.[1]
...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ultimato_brit%C3%A2nico_de_1890

Anónimo disse...

PARA COMPREENDER "ESTES LUNDAS" DE OCASIÃO:

Primeiro foram os escravos, depois o marfim e a borracha e hojje, finalmente... o tempo dos diamantes!

Entenda-se o tempo dos escravos, do marfim e da borracha, os tempos de Silva Porto e leia-se "Silva Porto e os problemas da África portuguesa no século XIX
Por Maria Emília Madeira Santos"...

http://books.google.co.ao/books?id=f4d4qtYuYQYC&lpg=PP1&pg=PA17&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false


Assim se compreende melhor, no tempo dos diamantes de hoje e o porquê de suas disputas.


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