quinta-feira, 18 de abril de 2013

Censura no Paraguai leva Repórteres Sem Fronteira a emitir nota mundial de repúdio




Correio do Brasil, com ACS - de Paris – na foto Carrillo Iramain é o candidato das esquerdas no Paraguai

A censura dos meios conservadores de comunicação no Paraguai ao candidato das esquerdas, Carrillo Iramain, foi alvo de um comunicado mundial de imprensa, nesta quinta-feira, da organização não governamental Repórteres Sem Fronteira. A instituição, embora ligada à direita francesa, saiu em defesa da liberdade de imprensa naquele país, dominado por um cartél midiático de ultradireita, patrocinado por instituições norte-americanas. Segundo a RSF, com sede em Paris, “agora que oParaguai está se preparando para eleger um novo presidente e um novo Congresso nas eleições gerais de 21 de abril de 2013, a Repórteres Sem Fronteiras reitera o seu apelo para um verdadeiro pluralismo e democratização dos portadores de informação. A organização também alerta que as revelações pesadas pela imprensa durante a campanha sobre os dois principais candidatos à presidência: Horacio Cartes (Partido Colorado, direita conservadora) e Efrain Alegre (Partido Liberal Radical Autêntico, direita liberal), poderiam levar a acerto de contas e vingança”.

Ainda segundo a instituição francesa, “estas eleições não se podem esquecer as consequências que levaram ao golpe parlamentar de 22 de junho de 2012 sobre a liberdade de informação e o debate público. Esta situação pesou sobre a campanha, nos dois canais de televisão nacionais, incluindo – TV Pública – que se recusam a transmitir um spot publicitário da Frente Guasu, a coalizão do presidente deposto, Fernando Lugo (de esquerda). Mais do que nunca, exige a criação de um novo marco regulatório para os meios com o objetivo de limitar os conflitos de interesse e garantir a representação de diferentes setores da opinião. Estações de rádio comunitárias devem ter seu lugar nele”.

“O Paraguai ainda é um país perigoso para jornalistas, principalmente devido ao vazamento dasmáfias políticas existentes. Este conluio foi amplamente denunciado durante a campanha. Que garantias de segurança e liberdade são oferecidas aos jornalistas expostos a eventuais ajustes de contas, uma vez passadas as eleições? Esta é uma preocupação real para ser tratado com os vencedores nas urnas “, acrescentou a organização.

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