Correio do Brasil, com ACS -
de Paris – na foto Carrillo Iramain é o candidato das esquerdas no Paraguai
A censura dos meios
conservadores de comunicação no Paraguai ao candidato das esquerdas,
Carrillo Iramain, foi alvo de um comunicado mundial de imprensa, nesta
quinta-feira, da organização não governamental Repórteres Sem Fronteira. A
instituição, embora ligada à direita francesa, saiu em defesa da liberdade de
imprensa naquele país, dominado por um cartél midiático de ultradireita,
patrocinado por instituições norte-americanas. Segundo a RSF, com sede em
Paris, “agora que oParaguai está se preparando para eleger um novo
presidente e um novo Congresso nas eleições gerais de 21 de abril de 2013, a Repórteres Sem
Fronteiras reitera o seu apelo para um verdadeiro pluralismo e democratização
dos portadores de informação. A organização também alerta que as revelações
pesadas pela imprensa durante a campanha sobre os dois principais candidatos à
presidência: Horacio Cartes (Partido Colorado, direita conservadora) e Efrain
Alegre (Partido Liberal Radical Autêntico, direita liberal), poderiam levar a
acerto de contas e vingança”.
Ainda segundo a
instituição francesa, “estas eleições não se podem esquecer as consequências
que levaram ao golpe parlamentar de 22 de junho de 2012 sobre a liberdade de
informação e o debate público. Esta situação pesou sobre a campanha, nos dois
canais de televisão nacionais, incluindo – TV Pública – que se recusam a
transmitir um spot publicitário da Frente Guasu, a coalizão do presidente
deposto, Fernando Lugo (de esquerda). Mais do que nunca, exige a criação de um
novo marco regulatório para os meios com o objetivo de limitar os conflitos de
interesse e garantir a representação de diferentes setores da opinião. Estações
de rádio comunitárias devem ter seu lugar nele”.
“O Paraguai ainda é
um país perigoso para jornalistas, principalmente devido ao vazamento dasmáfias
políticas existentes. Este conluio foi amplamente denunciado durante a
campanha. Que garantias de segurança e liberdade são oferecidas aos jornalistas
expostos a eventuais ajustes de contas, uma vez passadas as eleições? Esta é
uma preocupação real para ser tratado com os vencedores nas urnas “,
acrescentou a organização.
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