MB – VM - Lusa
Bissau, 30 abr
(Lusa) - Políticos e outros responsáveis da Guiné-Bissau concordaram hoje no
parlamento que as eleições gerais devem ser em novembro e que o período de
transição deverá terminar a 31 de dezembro.
As propostas foram
aprovadas pelos presentes numa reunião no parlamento (políticos, chefias
militares, chefes religiosos e lideres sindicais) e resultaram de um consenso
sobre o novo modelo para o período de transição em curso na Guiné-Bissau desde
o golpe de Estado militar.
Além da realização
de eleições gerais em novembro, em data a ser marcada pelo Presidente da
República de transição, Serifo Nhamadjo, as partes concordaram também na
formação de um novo Governo "mais inclusivo" e ainda na eleição de um
novo presidente da Comissão Nacional de Eleições, cujo nome deve ser indicado
pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial.
O presidente do
parlamento, Sory Djaló, anunciou que as partes chegaram a um acordo de
princípio sobre aquilo que será o roteiro político e um pacto de regime, a
serem apresentados no dia 02 de maio no parlamento para serem adotados como
leis.
A ideia dos atores
políticos e sociais da Guiné-Bissau é, de acordo com o presidente do parlamento,
ter um roteiro de transição e um Governo inclusivo antes do dia 09 de maio,
data em que a situação do país será debatida no Conselho de Segurança das
Nações Unidas.
O chefe das Forças
Armadas, general António Indjai, disse que os militares concordaram com os
pontos propostos pelos políticos, mas pediu aos dirigentes do PAIGC (Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), para que "deixem de ser
guiados por 'Cadogo'".
Cadogo é o
diminutivo de Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro deposto no golpe de Estado
de 12 de abril do ano passado. Desde então a Guiné-Bissau vive um período de
transição.
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