quarta-feira, 10 de abril de 2013

Moçambique: POBREZA GENERALIZADA, EXTERMINIO DE ELEFANTES E RINO's, FRELIMO SÓ




Relatora sobre Direitos Humanos da ONU critica "generalizada pobreza" em Moçambique

09 de Abril de 2013, 11:36

Maputo, 09 abr (Lusa) - A relatora da ONU sobre Pobreza Extrema e Direitos Humanos, Magdalena Sepúlveda, critica a "generalizada" pobreza em Moçambique, apesar de destacar "o impressionante crescimento económico e progresso do desenvolvimento do país" nos últimos anos.

Citada num comunicado do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos a propósito da visita oficial que hoje iniciou a Moçambique, onde vai avaliar os desafios no combate à pobreza, Magdalena Sepúlveda disse que "apesar do impressionante crescimento económico e progresso do desenvolvimento, a pobreza continua generalizada em Moçambique".

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento de 2013 coloca Moçambique na 185.ª posição de um universo de 187 Estados com piores Índices de Desenvolvimento Humano no mundo.

Durante oito dias, Magdalena Sepúlveda vai identificar os principais obstáculos que impedem o acesso aos serviços públicos de Saúde, Educação e Justiça às pessoas que vivem na pobreza em Moçambique.

Na primeira visita ao país, a especialista em Direitos Humanos das Nações Unidas vai propor às autoridades moçambicanas estratégias para combater esses obstáculos e melhorar o gozo dos direitos por parte dos segmentos mais pobres da sociedade.

Durante a sua estadia em Moçambique, a relatora vai dedicar especial atenção às medidas de proteção social e aos programas do Governo moçambicano que visam ajudar as pessoas que vivem em comunidades rurais, particularmente as afetadas pelas recentes inundações no país.

Magdalena Sepúlveda tem agendado encontros com as comunidades que vivem em situação de pobreza nas províncias de Maputo, Gaza e Zambézia, e com altos funcionários do Governo e membros do Parlamento moçambicano.

De acordo com a nota de imprensa, a perita vai igualmente encontrar-se com representantes do sistema das Nações Unidas, agências internacionais, comunidade doadora, da sociedade civil e Comissão Nacional de Direitos Humanos de Moçambique.

MMT // VM

Moçambique é palco de "um extermínio" do elefante e do rinoceronte - WWF

09 de Abril de 2013, 10:29

Maputo, 09 abr (Lusa) - O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) denunciou hoje que Moçambique assiste a "um extermínio" do elefante e do rinoceronte, tendo perdido nos últimos dois anos 2.500 elefantes, principalmente nas áreas de conservação.

Num comunicado que "retrata a situação da caça furtiva em Moçambique nos últimos anos", o WWF refere que 2.500 elefantes foram abatidos ilegalmente nos últimos dois anos e que o país perdeu pouco mais de 12 milhões de dólares em receitas relacionadas com o turismo cinegético.

"Este extermínio, que ocorre um pouco por todo o país e com maior incidência nas áreas de conservação e outras áreas livres de maior concentração, tem como autores principais cidadãos nacionais e estrangeiros", diz a organização de defesa da vida selvagem.

Empossada Comissão Eleitoral de Manica com ausência da oposição moçambicana

09 de Abril de 2013, 15:06

Chimoio, Moçambique, 09 abr (Lusa) - A Comissão Provincial de Eleições (CPE) de Manica, no centro de Moçambique, foi hoje empossada com ausência de membros políticos dos partidos da oposição MDM e Renamo, este último que se recusa a integrar o órgão.

A Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), maior partido da oposição, absteve-se de enviar a lista dos seus representantes à Comissão Nacional de Eleições (CNE), em resultado do seu "boicote" na participação das eleições, cujo ciclo começa em 20 de novembro, com as autárquicas, e prossegue em 2004, com as eleições gerais.

Já o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) optou também por não "designar" o seu representante para o órgão, pelo que apenas participaram no ato oito membros da CNE, dos quais três eleitos pela Frente da Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, e cinco pela sociedade civil.

"De acordo com o preceito da lei eleitoral, devíamos ter aqui 11 membros da CPE, mas estão presentes apenas oito, ficando um por ser designado pelo partido MDM e dois lugares cativos do partido Renamo", disse Leonardo Massango, durante a cerimónia de tomada de posse.

Instado a responder se estavam criadas condições para o processo eleitoral com a ausência dos partidos da oposição com assentos parlamentares, disse, não ser oportuno avaliar a situação, mesmo perante o atual conturbado cenário politico.

"A CNE é responsável pela condução dos processos eleitorais. O que cabe a CNE é obedecer à lei e à Constituição e é exatamente o que estamos a fazer agora. Agora, se estão criadas as condições, isso já é outra coisa, nós estamos a começar a criar condições naquilo que cabe à CNE", disse à Lusa Leonardo Massango, mandatário do presidente daquele organismo.

"O espaço deles ninguém vai ocupar, está lá, e a qualquer dia que eles decidirem que devem mandar vão ser recebidos e vão tomar posse e se juntar ao outro grupo que tomou posse hoje", precisou Leonardo Massango, quanto à possibilidade do recuo da decisão daqueles partidos.

A Renamo anunciou que não vai permitir a realização de eleições, por falta de consenso sobre a lei eleitoral, sobretudo quanto à representatividade dos partidos nos órgãos eleitorais, o que, segundo o partido, continua a abrir espaço para "manobras de fraude" da Frelimo, no poder desde a independência em 1975.

Contudo, Massango apelou a que o órgão empossado "tome decisões com independência, imparcialidade, e se abstenha de envolver em atividades políticas públicas", acrescentando que a "atuação dos órgãos eleitorais funda-se na Constituição e nas leis da Republica de Moçambique, o que significa agir segundo a consciência e exigência da técnica profissional".

AYAC // VM

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