Jornal i - Lusa
O capitão de Abril
Vasco Lourenço perspetivou hoje demonstrações populares num "ponto
bastante elevado", já que as pessoas vão ter "novamente uma
oportunidade" no dia 25 de Abril de "demonstrarem o seu
descontentamento face à situação criada".
"Espero que, e
mal será se não for, de facto, as manifestações atinjam um ponto bastante
elevado, maior do que noutros anos. Este ano, o 25 de Abril vai ser novamente
uma oportunidade para as pessoas demonstrarem o seu descontentamento face à
situação criada", disse o coronel, atual presidente da Associação 25 de
Abril, à margem de uma sessão de evocação da Revolução dos Cravos, num
café-concerto, em Lisboa.
Vasco Lourenço
salientou tratar-se de "uma data que diz muito a toda a gente" e
reforçou a crença "no sentido de que valeu a pena, de que foi uma coisa
positiva" porque "Portugal continua a ser bastante melhor do que
antes do 25 de Abril".
"Não é só a
questão da liberdade. Em termos de condições de vida, de desenvolvimento, no
interior e não só, estamos melhor. E temos a Paz, não temos a Guerra",
frisou.
A Associação 25 de
Abril vai incluir no 39.º aniversário da Revolução dos Cravos a interpretação
da canção ‘Grândola, Vila Morena’, junto da sede da Rádio Renascença (RR), no
Chiado, e do quartel da GNR, no Largo do Carmo, em Lisboa.
"Não
desistimos, numa luta que não é só nossa. Nós e os outros povos europeus temos
de ser capazes de perceber que os inimigos não são os outros povos, mas sim o
capital financeiro que nos domina a todos e os que, em cada um dos países, a
ele se venderam. A nossa luta é contra os tiranos e não de uns povos contra
outros povos", lê-se ainda numa mensagem da Associação 25 de Abril, que
exige "a democracia com ética e justiça" para "vencer o medo,
reafirmar Abril, construir o futuro".
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