PSP – MLL - Lusa
O ministro das
Finanças alemão, Wofgang Schaeuble, disse hoje que países como Portugal e a
Irlanda “estão no bom caminho”, para argumentar que o parlamento alemão deve
apoiar a ajuda financeira ao Chipre.
Os deputados
alemães reunidos no Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento) e que votam hoje a
ajuda financeira ao Chipre ouviram o ministro das Finanças afirmar que os
exemplos de países como Portugal e a Irlanda mostram que reformas duras e o
auxílio internacional podem ajudar a tirar os países da crise.
“Ambos (Portugal e
a Irlanda) puseram em prática grandes esforços, estão a cumprir o que é pedido
pelos programas de ajuda e estão no bom caminho”, afirmou Schaeuble.
O ministro das
Finanças alemão considera que nos últimos três anos têm-se verificado
“progressos substanciais” na Zona Euro e referiu-se a progressos económicos
traduzidos no aumento das exportações e na redução do défice público, nos
países do Sul da Europa.
Na sexta-feira, os
ministros das Finanças da Zona Euro aprovaram novas medidas sobre o auxílio ao
Chipre e que pode ascender aos 23 mil milhões de euros, um valor muito superior
aos 17 mil milhões iniciais.
Os países da Zona
Euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) dispõem de 10 mil milhões de euros
e o Governo cipriota vai ter de conseguir o valor restante.
Um terço do
montante total fornecido pelos países da Zona Euro é assegurado pela Alemanha.
O auxílio
internacional implica uma reestruturação do setor bancário do Chipre, um país
muito dependente dos serviços financeiros.
Os deputados
alemães têm de votar a ajuda ao Chipre assim como o acordo dos ministros das
Finanças da Zona Euro sobre o adiamento de sete anos para o pagamento da dívida
em Portugal e na Irlanda.
“No nosso país e em
particular nos países onde não se sente todos os dias a crise devemos
lembrar-nos que as pessoas da Grécia, Portugal e Chipre estão a passar tempos
difíceis”, disse Schaeuble, num tom menos duro do que é habitual no responsável
pelas Finanças da Alemanha.
Apesar do discurso
da compreensão sobre os três países do Sul da Europa , Schaeuble acrescentou
que “não há outro caminho” que não o da disciplina fiscal no sentido de se
atingir estabilidade e crescimento sustentado, a longo prazo.
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