Novo plano quer
criar 9 mil empresas e 300 mil postos de trabalho
15 de Maio de 2013,
14:20
Luanda, 15 mai
(Lusa) - Angola quer criar 9 mil empresas e criar 300 mil postos de trabalho
para combater uma taxa de desemprego que ronda os 20% e fortalecer a aposta
numa economia menos dependente do petróleo, disse o ministro da Economia.
Numa entrevista à
Bloomberg a 10 de maio, e publicada hoje, Abrahão Gourgel disse que o Governo
quer "promover as exportações e apoiar o empreendedorismo", para além
de "melhorar a taxa de emprego, diversificar a economia e aumentar a
produção nacional".
Angola está a
tentar apoiar as pequenas e médias empresas para diversificar a economia e
'fugir' do petróleo, que representa 40% da produção nacional e vale 70% da
receita do Executivo, segundo o Fundo Monetário Internacional.
O país, que está
num processo de reconstrução depois de 27 anos de guerra civil que terminou em
2002, quer reduzir a burocracia que o atirou para o 172º lugar dos 183 países
analisados no 'ranking' Doing Business do Banco Mundial.
Angola deverá
crescer 7,1% este ano, abrandando face aos 7,4% do ano passado, sendo que a
inflação prevista para o final do ano ronda os 8%, de acordo com os números
oficiais.
MBA // PJA.
Província do Moxico
é a única em Angola livre do mosquito causador de dengue
15 de Maio de 2013,
20:35
Luanda, 15 mai
(Lusa) - Apenas a província do Moxico, no leste de Angola, está livre do
mosquito causador do dengue, que infetou entre 12 de março a 09 de maio 197
pessoas, dos 275 casos notificados, informou o ministro da Saúde, José Van
Dunem.
Segundo disse o
ministro, durante uma palestra em Luanda sobre dengue, promovida pela União dos
Escritores Angolanos, este dado resulta de um estudo entomológico realizado em
junho de 2012, não tendo sido justificada a ausência do mosquito naquela região
do país.
Em declarações à
imprensa, José Van Dunem disse que a província de Luanda lidera "quase
exclusivamente" a lista de casos notificados no país, havendo apenas mais
um caso confirmado na província de Malange.
José Van Dunem
referiu que resultados de amostras enviadas para laboratórios de referência
mundial confirmaram, hoje, que circula em Angola o vírus sorotipo DEN1.
O governante
angolano referiu que as autoridades sanitárias continuam a colocar em prática
as estratégias de combate à doença, com a recolha de dados, a formação do
pessoal na colheita de dados sobre larvas e mosquitos adultos, entre outras
medidas.
"Temos que
continuar a luta contra o vetor, temos que passar a informação para as pessoas,
o mínimo de conhecimento necessário para que não se criem condições ótimas nas
residências para a propagação de mosquitos", referiu.
O ministro
salientou ainda que o esforço deve ser coletivo: "Há países, como o
Estados Unidos da América e Cuba, que eliminaram o mosquito causador, há casos
de sucesso que nos fazem acreditar que é possível diminuir a propagação de
mosquitos transmissores da doença", sublinhou.
As estratégias do
Ministério da Saúde incluem a busca ativa de casos, investigação de suspeitos,
estudos entomológicos na província de Malange, envio de fichas de notificação
às províncias, orientação de profissionais da área clínica para o diagnóstico e
manuseamento correto de casos graves e inquérito domiciliar para determinar a
amplitude da epidemia.
O dengue é uma
doença infeciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é
transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infetado pelo vírus.
Esta é a primeira
vez que Angola regista casos de dengue, cujos sintomas se confundem com os de
paludismo, doença que é a principal causa de morte no país.
Desde o surgimento
da doença não se registaram óbitos.
NME // HB
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