Secretário-geral da
ONU elogia progresso económico e social de Moçambique, lamenta pobreza
20 de Maio de 2013,
15:33
Maputo, 20 mai
(Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, elogiou hoje em
Maputo o progresso económico e social alcançado por Moçambique, mas apontou a
prevalência de elevados níveis de pobreza como um desafio para o país.
Ban Ki-Moon apontou
Moçambique como um exemplo a seguir num caso de reconstrução e desenvolvimento
pós-guerra.
"Gostaria de
louvar os progressos sociais, económicos e políticos que o povo e o governo
moçambicanos conseguiram desde 1992", realçou o secretário-geral das Nações
Unidas em declarações aos jornalistas, após um encontro com a presidente da
Assembleia da República moçambicana, Verónica Macamo.
Apesar dos sucessos
que apontou, Ban Ki-Moon lamentou a persistência de elevados índices de
pobreza, sobretudo entre crianças e mulheres, sugerindo a necessidade de mais
investimentos no setor social para estancar a miséria.
"É lamentável
o facto de haver um maior número de pessoas que ainda vive abaixo da linha de
pobreza, são necessários mais investimentos para combater a pobreza",
enfatizou o secretário-geral das Nações Unidas, defendendo um aumento do grau
de intervenção do governo moçambicano na promoção do progresso social, para que
o país possa atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
"É lamentável
que continuem a morrer muitas crianças e mulheres por doenças
preveníveis", enfatizou Ban Ki-Moon.
Ban Ki-Moon elogiou
ainda o compromisso de Moçambique com o respeito pelos direitos humanos,
apontando a criação da Comissão Nacional dos Direitos Humanos.
PMA // JMR
Secretário-geral da
ONU pede "liderança" de Armando Guebuza na busca de paz para a
RDCongo
20 de Maio de 2013,
15:39
Maputo, 20 mai
(Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pediu hoje ao
Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, que use a sua "liderança"
na promoção da segurança e paz na RDCongo e na região dos Grandes Lagos.
Ban Ki-Moon pediu a
intervenção de Armando Guebuza nos esforços de pacificação da RDCongo, após um
encontro com a presidente da Assembleia da República de Moçambique, Verónica
Macamo, no âmbito da visita que iniciou hoje ao país.
O secretário-geral
das Nações Unidas afirmou que vai analisar com Armando Guebuza, na sua
qualidade de presidente da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
(SADC), formas de acelerar o processo de busca de paz na RDC, que também faz
parte do bloco regional.
"Quero contar
com a liderança do Presidente Guebuza no processo de paz da RDCongo. Os líderes
da região devem trabalhar para o objetivo de alcançar da paz na zona",
disse Ban Ki-Moon.
Apesar da presença
de um contingente militar das Nações Unidas, a RDC vive uma situação de
instabilidade há mais de uma década, motivada pela proliferação de milícias e
por uma alegada ingerência de países vizinhos nos assuntos internos do país.
PMA // JMR
Secretário-geral da
ONU defende que Moçambique "está no bom caminho"
20 de Maio de 2013,
16:11
Maputo, 20 mai
(Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas defendeu hoje que Moçambique
"está no bom caminho", durante uma mesa redonda em Maputo sobre
Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, na qual ouviu críticas à situação de
direitos humanos no país.
Ban Ki-moon chegou
hoje a Maputo para uma visita oficial de dois dias, a convite do governo
moçambicano, antes de participar, em Adis Abeba, na comemoração dos 50 anos da
União Africana.
"Moçambique
está no caminho certo, e as Nações Unidas estão comprometidas em caminharem
convosco, lado a lado, de mão dada", disse Ban ki-moon, num discurso lido
perante centenas de pessoas no Centro de Conferências Joaquim Chissano.
"Por toda a a
África, vemos crescimento. Economias estão a crescer. Liberdade e boa
governação estão a crescer. A confiança está a crescer. Isto é o que eu vejo em
Moçambique. Um país renascido, uma nação em movimento, um povo com confiança no
futuro", disse o secretário-geral da ONU.
No seu discurso,
Ban ki-moon alertou para o perigo das alterações climáticas, que, disse, estão
a acontecer "mais depressa do que se previa", e recordou que
Moçambique "é um dos países mais vulneráveis ao fenómeno".
Falando sobre os
Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, Ban ki-moon reconheceu que a crise
financeira internacional, nomeadamente na União Europeia, pode causar
dificuldades.
"É importante
que que não permitamos que dificuldades orçamentais desgastem" o processo,
disse, concluindo: "continuaremos a batermo-nos para que os países
alcancem 0,7 do objectivo da Assistência Oficial de Desenvolvimento",
disse.
Na discussão que se
seguiu, o secretário-geral da ONU ouviu representantes da sociedade civil
afirmarem que, no campo de alguns direitos humanos, a situação está longe de
ser perfeita.
"Moçambique é
a o país (da África Austral) com a maior taxa de casamentos prematuros, cerca
de 54 por cento", disse Albino Francisco, do Forum das Organizações dos
Direitos das Crianças.
Em consequência,
"milhares de crianças são, todos os anos, postas fora da escola e fora das
suas famílias", disse Francisco, que denunciou ainda situações de trabalho
infantil e de tráfico de menores.
Frida Gulamo, da
Associação de Pessoas Vivendo com Deficiência, descreveu a "extrema
pobreza" em que vive a maioria dos deficientes, "que não beneficiam
de apoios médicos e não têm os mesmos direitos dos outros cidadãos" de
Moçambique.
LAS // APN
Secretário-geral da
ONU espera que benefícios de desenvolvimento cheguem a todos os moçambicanos
21 de Maio de 2013,
08:17
Maputo, 21 mai
(Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou hoje o
desejo de que o desenvolvimento registado em Moçambique beneficie a população e
elogiou o papel do país "na promoção da paz e segurança na região e no
continente" africano.
"Na última
década, Moçambique situou-se como uma das 10 economias com maior crescimento
nos países em desenvolvimento. Mas ainda há muitos desafios, como a pobreza,
que continua muito alta, quase 50 por cento da população vive abaixo da linha
de pobreza", disse Ban Ki-moon.
"As recentes
descobertas de recursos criam novas oportunidades, mas geram altas expetativas.
O segredo está em maximizar as oportunidades surgidas e minimizar os riscos
sociais e económicos", acrescentou o secretário-geral da ONU, concluindo
esperar que "os benefícios de desenvolvimento cheguem a todos os
moçambicanos".
Ban Ki-moon falava
após uma reunião com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, em Maputo, na
qual foram abordadas também questões de política externa, nomeadamente os
'dossiers' que Moçambique tem entre mãos por presidir à Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral (SADC) e à Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
"Como líder da
SADC e da CPLP Moçambique tem sido uma garantia no quadro da paz, segurança e
cooperação na RDCongo e na região dos Grandes Lagos", disse o
secretário-geral da ONU.
Segundo o ministro
dos Negócios Estrangeiros moçambicano, Oldemiro Balói, no encontro com Guebuza
foi abordada a situação em Madagáscar, Zimbabué, RDCongo e, "com igual
preocupação, na Guiné-Bissau, e a importância da nomeação do antigo Presidente
de Timor-Leste José Ramos-Horta como representante especial do secretário-geral
da ONU".
Balói revelou que
na próxima cimeira da União Africana, no final do mês, em Adis Abeba,
"haverá reuniões para se tentar dar um novo impulso à questão da
RDCongo".
Ban Ki-moon referiu
que a força de intervenção da ONU na RDCongo ainda não está totalmente operacional,
tendo já sido nomeado o seu comandante, o tenente-general brasileiro Carlos dos
Santos Cruz.
"Neste
momento, os membros dessa brigada internacional estão a ser instalados. Sei que
o exército nacional congolês já tomou medidas necessárias", face aos
recentes ataques do M-23, movimento de guerrilha que opera no leste do país,
disse Ban Ki-moon, que, na quarta-feira, inicia uma visita à RDCongo.
O MNE moçambicano
revelou que o seu país se disponibilizou para contribuir com forças para esta
brigada de manutenção de paz, "mas na primeira avaliação a nível de
preparação, Moçambique está ligeiramente recuado".
Balói acrescentou
que "mais tarde, avançarão outros grupos, entre os quais, provavelmente,
Moçambique".
LAS // VM
*Título PG
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