JSD – MLL - Lusa
Cidade da Praia, 21
mai (Lusa) - O presidente da Agência de Regulação Económica (ARE) cabo-verdiana
afirmou hoje, na Cidade da Praia, que Cabo Verde quer servir de exemplo na
sub-região oeste-africana na área da regulação, sobretudo no setor das energias
renováveis.
Renato Lima falava
à imprensa após a abertura do workshop "Interação das Energias Limpas
Dentro do Mercado das Energias", promovido pela ARE, em parceria com
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e apoiada pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
"A ideia é
criar um quadro de referência em matéria de regulação que permita fazer uma
análise consistente da evolução que se regista atualmente no mercado
energético, nomeadamente com a entrada das energias renováveis", frisou
Renato Lima.
Cabo Verde,
lembrou, foi designado como um dos líderes em matéria de regulação e de
investimento nas energias renováveis na sub-região, albergando a sede do Centro
de Energias Renováveis da CEDEAO, na Cidade da Praia.
"Em termos de
regulação, as questões técnicas são essencialmente as mesmas em todos os
países. Em Cabo Verde já temos a primeira parceria público-privada no setor das
renováveis - energia eólica e de referência internacional. Já temos alguma
experiência que poderá ser aproveitada pelos países da nossa sub-região",
sublinhou.
O seminário, que
termina na quinta-feira, visa proporcionar uma formação avançada sobre o
tratamento regulatório da integração das energias renováveis nos sistemas
energéticos e servir como facilitador do diálogo para o arranque da elaboração
de um documento sobre princípios da regulação das energias renováveis.
A ideia, segundo a
ARE, é que esse documento seja um guia prático para os decisores da região da
CEDEAO, fornecendo um leque variado de abordagens, mecanismos, ferramentas,
melhores práticas e experiências nacionais.
Participam no
evento entidades nacionais que direta ou indiretamente intervêm no setor
energético e representantes de entidades reguladoras dos Estados Unidos e de
alguns países da sub-região.
Cabo Verde já conta
com uma taxa de penetração de cerca de 30% na rede de produção e distribuição
de energia elétrica no país, estratégia integrada num ambicioso projeto que
prevê dotar o arquipélago com capacidade de produzir 100% de energias limpas
até 2020.
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