NME – VM - Lusa
Luanda, 21 mai
(Lusa) - Um cidadão da Gâmbia foi detido no domingo em Luanda pela Polícia
Nacional quando tentava embarcar para a África do Sul com mais de dois milhões
de dólares (1,5 milhões de euros) transportados na mochila, noticiou hoje o
Jornal de Angola.
O ato ilícito
aconteceu quando o cidadão se encontrava já a sair do autocarro de embarque
para o avião, explicou o diretor do aeroporto internacional 4 de Fevereiro,
Costa Lima, citado pelo diário angolano.
"O cidadão ia
descendo do autocarro para a escada do avião com um ar comprometido e dadas as
características apresentadas foi logo intercetado e levado às instâncias
judiciais do aeroporto", disse Costa Lima.
Segundo aquele
responsável, o cidadão gambiano está detido para averiguações e o dinheiro sob custódia
dos serviços alfandegários, para posterior entrega ao Banco Nacional de Angola.
Além do cidadão
gambiano, informou Costa Lima, encontram-se igualmente detidos quatro
funcionários aeroportuários, que terão alegadamente colaborado para a saída dos
valores referidos.
"Quatro
angolanos da comunidade aeroportuária envolvidos no caso estão detidos para uma
melhor investigação", referiu o diretor do aeroporto, realçando que
"o sistema de segurança está instalado em toda a extensão do aeroporto e
comporta várias forças".
"Está a
funcionar (o sistema de segurança) e quem tentar infringir a lei será
intercetado. Temos uma rede de comunicações que funciona e a vigilância
humana", acrescentou Costa Lima.
Por outro lado, o
comandante da Unidade Aeroportuária, António Guedes, também citado pelo diário
angolano, considerou "dúbio" o atual sistema de segurança do
aeroporto, tendo em conta que as pessoas têm conhecimento dos meios de
segurança usados, conseguindo assim "furar" o mesmo.
"É preciso
tapar os furos para não haver infração", disse António Guedes, apontando a
necessidade de a direção central melhorar os seus serviços.
O comandante a
Unidade Aeroportuária denunciou tratar-se de uma rede, que conta com o apoio de
funcionários aeroportuários, "por isso, as investigações continuam e o
Ministério Público vai definir o destino de cada infrator".
Em Angola, a lei
permite aos cidadãos nacionais e estrangeiros residentes viajarem com valores
até 15 mil dólares (11.600 euros)
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