Chefe da diplomacia
angolana realça "renovação e desenvolvimento" do continente
20 de Maio de 2013,
13:37
Luanda, 20 mai
(Lusa) -- O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, disse
hoje em Luanda que a União Africana completa 50 anos numa altura em que África
está engajada em "concorrer para uma renovação e o seu desenvolvimento
económico".
Georges Chicoti,
que falava à imprensa sobre o 50.º aniversário da organização, que se assinala
no sábado, frisou que a celebração desta data "decorre num período em que
África está a definir o renascimento do continente africano".
O governante
angolano, que parte hoje para a Etiópia para participar na reunião de Conselho
de Ministros preparatória da cimeira de chefes de Estado, fez referência às
dificuldades ainda existentes no processo de integração do continente,
atualmente dividido em cinco regiões.
"Há alguns atrasos,
há algumas deficiências neste processo, mas o objetivo principal que África
pretende realizar é chegar a uma integração total do seu continente",
disse o chefe da diplomacia angolana.
Segundo o ministro,
este percurso "é difícil, porque, neste processo da independência
política, ainda a África tem-se confrontado com muitos problemas, desde os
conflitos internos, os golpes de Estado".
"O que atrasa
de algum modo a democratização do continente africano, mas é necessário dizer
que foram alcançadas importantes metas em termos da libertação do
continente", frisou.
"Agora, o
desafio é que as gerações africanas possam construir um regime político que
possa permitir o desenvolvimento do continente", acrescentou.
E os desafios para
a nova geração africana, no sentido do desenvolvimento do continente, passam,
segundo Georges Chicoti, por vencer "os desafios sociais, os direitos
humanos", bem como consolidar os seus próprios Governos, "como prevê
a arquitetura da União Africana".
"A União
Africana prevê chegar-se a este nível de organização, mas até este momento
ainda há muitas fraquezas por causa dessas divergências que o continente tem,
desde diferenças políticas, conflitos, golpes de Estado e alguma instabilidade
em certos países e regiões, mas o objetivo final que se quer é uma estabilidade
e ir-se para a frente em termos de desenvolvimento", salientou.
Relativamente ao
papel de Angola, o governante angolano destacou a contribuição
"significativa e muito clara", para a libertação da África Austral.
"Angola foi
uma placa giratória para a libertação da Namíbia, do Zimbabué, da África do Sul
e a consolidação da democracia e da estabilidade nesta região (Austral)",
disse Georges Chicoti, frisando que cidadãos angolanos morreram para que a região
austral fosse libertada.
O ministro apontou
igualmente o contributo de Angola, que, sublinhou, também foi ajudada pela
organização no seu processo de independência, na elaboração dos documentos
atuais que deram origem à União Africana.
O programa de
atividades comemorativas da data inclui homenagens de reconhecimento de várias
entidades pelo seu papel nas lutas por várias causas africanas, destacando-se,
da parte angolana, o primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto, e a
nacionalista Deolinda Rodrigues.
À Organização de
Unidade Africana, criada em 25 de maio de 1963, no âmbito das lutas
independentistas, sucedeu, em julho de 2002, a União Africana, que visa a integração
política e económica dos seus 54 Estados membros.
NME // MLL
Empresários dos
países de língua portuguesa marcam encontro para julho em Luanda
21 de Maio de 2013,
10:05
Luanda, 21 mai
(Lusa) - Angola vai acolher, de 15
a 18 de julho, o III Congresso dos Empreendedores dos
Países de Língua Portuguesa, com o objetivo de dar a conhecer as políticas
setoriais e globais existentes na comunidade lusófona, disse hoje à Lusa fonte
da organização.
O evento,
organizado pela Prestígio - Liga de Jovens Empresários e Executivos de Angola,
visa, igualmente, dar a conhecer os desafios, oportunidades e casos de sucesso
nos países de língua portuguesa, lê-se no comunicado enviado à Lusa.
"A Prestígio
pretende igualmente descortinar os meandros das áreas do Crescimento,
Desenvolvimento e as Parcerias, todas elas tidas como relevantes na construção
de um clima de confiança e respeito às decisões e compromissos assumidos entre
as organizações congéneres", lê-se no documento.
No encontro, onde
se espera a presença de perto de 350 empresários nacionais e estrangeiros
provenientes de Portugal, Brasil, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste, os participantes vão ainda discutir o uso das redes sociais como
ferramenta para a troca de informação entre si.
"É igualmente
pretensão da Liga dos Empresários e Executivos de Angola realizar um congresso
com um número considerável de empreendedores, para uma melhor abordagem e que
os resultados sejam concretos, na troca de experiências e de
contratações", salienta o comunicado.
O I Congresso dos
Empreendedores dos Países de Língua Portuguesa realizou-se em 2011 na cidade do
Porto, Portugal, tendo a cidade de Vitória do Espírito Santo, Brasil, albergado
o segundo encontro, em 2012.
NME // MLL
Primeira vítima
mortal da febre dengue em Angola
20 de Maio de 2013,
18:44
Luanda, 20 mai
(Lusa) - O surto de febre dengue em Angola, que contabiliza já 301 casos,
provocou a primeira vítima mortal, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
O primeiro caso de
dengue foi registado a 12 de março, a primeira vez que a doença se manifestou
em Angola.
A fonte do
Ministério da Saúde, citada pela agência Angop, acrescentou que os 301 casos
confirmados laboratorialmente fazem parte de um total de 400 registados até ao
passado dia 17, unicamente nas províncias de Luanda e Malanje.
A febre dengue é
uma doença infeciosa aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é
transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infetado pelo vírus.
Esta é a primeira
vez que Angola regista casos de dengue, cujos sintomas se confundem com os de
paludismo, doença que é a principal causa de morte no país.
EL (NME) // JMR
*Título PG
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