quinta-feira, 2 de maio de 2013

Faltam "respostas adequadas" para combater pirataria no Golfo da Guiné - Miguel Trovoada




NME - APN - Lusa

Luanda, 02 mai (Lusa) - O secretário executivo da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), Miguel Trovoada, destacou hoje em Luanda a preocupação daquela organização com a falta de "respostas adequadas" para pôr cobro à pirataria e outros crimes naquela região.

Miguel Trovoada, ex-presidente de São Tomé e Príncipe, discursava na abertura da VII sessão ordinária do Conselho de Ministros da CGG, que decorre hoje e terça-feira em Luanda.

Segundo Miguel Trovoada, citado pela agência noticiosa angolana Angop, as ações de pirataria, roubo à mão armada e outros atos ilícitos praticados na zona marítima do Golfo da Guiné, preocupam cada vez mais a comunidade internacional, que se tem mobilizado "fortemente" na busca de mecanismos de uma ação concertada, para pôr cobro ao fenómeno.

Aquele dirigente frisou que "frequentemente" a organização é solicitada quer por fontes estatais, quer por organizações internacionais e instituições não governamentais devido à situação, mas a mesma vê-se "coartada na sua ação" face aos constrangimentos que limitam o seu funcionamento e condicionam os respetivos resultados.

"Estamos convencidos de que o Conselho de Ministros, cientes da realidade atual e desejoso de contribuir para o avanço da Comissão, não deixará de adotar medidas judiciais, na defesa dos interesses superiores dos Estados e povos que representa", referiu Miguel Trovoada.

A reunião prevê ratificar os projetos de textos elaborados pela Cimeira interministerial realizada em Cotonou, Benin, para preparar a cimeira conjunta das comunidades económicas dos estados da África Central (CEEAC), África Ocidental (CEDEAO) e CGG e dos chefes de Estado e de Governos dos países da África Central e do Oeste, a realizar-se em Yaoundé, Camarões, nos próximos dias 17 e 18.

Neste encontro de Luanda, que decorre sobre presidência do ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chicoti, está prevista a análise de estratégias para o reforço da manutenção da paz e segurança na região, particularmente a segurança marítima.

No final será adotada a Declaração de Luanda sobre a Paz e Segurança na região do Golfo da Guiné, de novembro de 2012, o relatório da reunião dos peritos militares, de 12 de março de 2013, intitulado "Linhas Mestras da Estratégia da CGG, para a Gestão da Paz e Segurança na região" e o Plano de Ação da CGG para 2013, bem como o seu orçamento para o ano em curso.

A CGG é integrada por Angola, República Democrática do Congo, República do Congo, Gabão, Nigéria, Camarões, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial.

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