Foi ontem que
Jerónimo de Sousa veio no rol de notícias por declarações suas em que se
referiu a farsantes em Portugal, só a dois deles (sim, porque são imensos). Definamos
os referidos farsantes como os maiores farsantes que detêm os poderes – neste
caso o governativo. Mas, o camarada Jerónimo fugiu com o rabo à seringa ou não
sabe contar farsantes. Ou sabe e poupou, desta vez, o farsante que mora em Belém
às custas de todos os portugueses: Cavaco Silva. Esse também um possante
farsante que tudo fez para conduzir os seus iguais ao poder governativo. Ou
seja, tudo fez para dar poder à central laranja do PSD e ao CDS por circunstâncias
e conveniências contrárias a Portugal. Por isso mesmo deu posse aos tais seus
pares farsantes. Independentemente de saber que principalmente Passos Coelho
mentiu descaradamente aos eleitores durante toda a campanha eleitoral a fim de
arrebanhar votos bastantes para se apoderarem do governo de Portugal. Cavaco,
esse tal de PR, deu posse então ao maior mentiroso que alguma vez vimos na política
sabendo perfeitamente o que estava a fazer e decerto muito agradado. Orgulhoso
até de meter um “laranjinha” nos poderes que haviam de desbaratar o país em
prol de convicções económico-financeiras que rasam o fascismo. Com atropelos à
Constituição, pois claro.
Se Passos é
farsante, se Portas é farsante, também Cavaco é farsante. Por isso Portugal está
a vivenciar as rábulas destes chamados neoliberais que afinal não são menos que
os executantes do cavaquismo-salazarista da modernidade que tem feito Portugal
recuar para os tenebrosos tempos da miséria, da fome, da exploração desmedida,
do enriquecimento de “meia dúzia” de famílias adesivadas às ilhargas
cavaquistas ou de outro qualquer grupo semelhante e que tem por objetivo
aumentar o fosso entre ricos e pobres, reduzir a classe média a pó, cinza e
nada (como diz o fado), dando lustre à caridadezinha salazar-fascista na pessoa
– tão apreciada por Cavaco – de uma Jonet do Banco da Fome, que até vai discursar
no Dia da Raça de Cavaco, que é Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
para os portugueses, em 10 de Junho, numa cerimónia de hipocrita homenagem aos
que combateram e morreram nas guerras do Ultramar salazarista, colonialista e
fascista, que tudo indica ser do agrado de Cavaco quando serviu esse regime em
Moçambique comodamente sentado numa cadeira fofa em frente a uma secretária.
Todos sabemos que o
camarada Jerónimo de Sousa não tem poupado as críticas ao figurão de Belém. Fá-lo
como pode e como considera adequado na consideração da sua posição política e
partidária, mas não seria demais e até seria esclarecedor referir-se aos três
farsantes e não só a dois porque com toda a justiça de abono da
realidade-verdade Cavaco Silva tem sido um manhoso que navega de acordo com a
sua ideologia requentada que para Portugal soma miséria e mais miséria,
injustiça sobre injustiça. Diga Cavaco o que disser sempre soubemos que ele está
do outro lado da barricada e que usa da farsa para ser eleito, manter-se na política e servir os
interesses dos seus apaniguados, imaginando que por principio haverá
algumas sobras a recolher. E que sobras.
Camarada Jerónimo, ora conte lá pelo
dedos, se fizer o favor. Um farsante em São Bento, Passos Coelho. Outro no Palácio
das Necessidades, Paulo Portas. E ainda existe o mais bolorento de todos no Palácio
de Belém, Cavaco Silva. E vão três. É, não é…
Perdão, também
estava a contar mal. Melhor é usar os dedos. Um, dois, três... quatro. Uma
quadriga. Vitor Gaspar não pode ser ignorado nestas contas. Até porque é quem mais
se parece com o traidor Miguel de Vasconcelos. Aquele que os portugueses
atiraram da janela no Terreiro do Paço, em 1640. Isto para aqui não referir os
demais farsantes da família laranja de Cavaco e da família do CDS. Ena tantos!
Vejamos a notícia
que deu corpo ao acima composto.
Redação PG – AV
Jerónimo de Sousa:
Passos e Portas são dois farsantes que querem o mesmo
Jornal i - Lusa
O secretário-geral
do PCP acusou Passos Coelho e Portas de se "transformarem em dois
farsantes" que no essencial querem o mesmo e alertou que o PS também não é
alternativa, porque quer "continuar com a mesma politica de direita".
Em Braga, na noite
de sexta-feira, a discursar num comício do PCP, Jerónimo de Sousa acusou também
Cavaco Silva de estar a prestar "apoio ativo e cúmplice" ao
"verdadeiro estado de exceção" que o Governo está a pôr em prática
com os "brutais" ataques aos trabalhadores.
O líder comunista
afirmou ainda que a coligação que sustenta o Governo "começa a abrir
fendas" e que alguns já procuram a forma de "sair limpinhos,
limpinhos, limpinhos" e que a alternativa passa por reforçar o papel do
PCP.
"O Governo
está a impor, na prática, um verdadeiro estado de exceção, que há muito pôs em
prática e com o apoio ativo e cúmplice do Presidente da República, que faz
vista grossa à ação de um governo ilegítimo que leva a efeito brutais ataques
aos direitos dos trabalhadores", apontou.
Jerónimo de Sousa
acusou Passos Coelho e Paulo Portas de serem "dois artistas que acabam por
se transformar em dois farsantes", mas, disse, " no essencial querem
o mesmo, embora um assuma o papel de polícia bom e outro de polícia mau".
Segundo o líder do
PCP "o único objetivo que move este Governo é o objetivo da austeridade,
de sacar mais de 4 mil milhões de euros, seja como for e à custa dos mesmos e
os do costume".
No entanto, disse,
"hoje existem contradições profundas no seio da maioria que suporta o
Governo, começam a abrir-se fendas", que "resultam da luta" dos
trabalhadores".
"Começam
alguns já a olhar para a porta de saída, a ver como é que podem sair limpinhos,
limpinhos, limpinhos", afirmou Jerónimo de Sousa, para quem o atual
Governo está "mais isolado, mais enfraquecido por causa da luta permanente
que o povo tem travado".
Mas, alertou,
"o PS não é alternativa" porque está a pensar ganhar as eleições para
"no essencial continuar com a mesma política de direita", sendo essa
a "grande razão" de divergência do PCP.
"Essa falta de
entendimento tem razões objetivas. Nós consideramos que é fundamental a rutura
com esta política de direita que nos tem governado há 36 anos. A resposta do PS
é que está disposto a fazer uns retoques nessa política", explicou.
Por isso, o líder
comunista apelou ao voto do PCP daqueles que antes votaram no PS.
"Deem agora
força ao PCP porque esse reforço é uma condição fundamental, até para obrigar o
PS a mudar de rumo e a romper com apolítica de direita", referiu.
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