PMA – VM - Lusa
Maputo, 08 mai
(Lusa) - A Liga dos Direitos Humanos de Moçambique exortou hoje a polícia
moçambicana a limpar a imagem de "graves violações de direitos
humanos" que a sociedade tem das forças policiais, visando restaurar a
confiança do público na corporação.
A presidente da
Liga dos Direitos Humanos de Moçambique, Alice Mabota, defendeu a necessidade
de a polícia moçambicana recuperar a sua credibilidade junto do público, quando
falava no "1º Seminário Nacional sobre o Estado de Direito Democrático --
O Caso Moçambicano".
"É necessário
que a polícia reconquiste a confiança dos cidadãos, porque muitas vezes está
associada a graves violações dos direitos humanos", disse a ativista
moçambicana.
Alice Mabota
afirmou que a polícia moçambicana é conhecida por execuções sumárias, detenções
arbitrárias e extorsões, práticas que afastam a sociedade da corporação.
"Há uma
situação de corrosão exponencial da confiança da sociedade moçambicana no
crédito da polícia. A corporação é conhecida por uma conduta inaceitável para
uma sociedade aberta e democrática como a nossa", destacou Alice Mabota.
Por seu turno, o
diretor dos Serviços Nacionais das Prisões de Moçambique (SINAPRI), Eduardo
Mussanhane, considerou a polícia um parceiro imprescindível de qualquer
sociedade, pelo papel de garante da lei e ordem que desempenha, afirmando que a
ausência de um serviço de polícia causaria o caos social.
"Imaginem uma
situação em que a polícia fosse tirada das ruas de Maputo, seria muito
complicado", disse Eduardo Mussanhane.
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