Governo moçambicano
pede prorrogação do acordo com o FMI
09 de Maio de 2013,
09:41
Maputo, 09 mai
(Lusa) - O Governo moçambicano pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a
assinatura de um novo Instrumento de Apoio à Política Económica (PSI), para
prosseguir o combate à pobreza e estratégia de desenvolvimento económico,
anunciou hoje o organismo internacional.
Segundo um
comunicado do FMI, a vontade das autoridades moçambicanas de continuar a
receber a ajuda na orientação da economia do país foi manifestada a uma missão
da entidade, que de 24 de abril a 08 de maio visitou Moçambique.
A missão do FMI
esteve no país para consultas com membros do Governo moçambicano e para a sexta
e última revisão do atual PSI, aprovado em junho de 2010 e que termina este ano.
Rio Tinto anuncia
despedimentos em Moçambique devido a resultados negativos
09 de Maio de 2013,
11:06
Maputo, 09 mai
(Lusa) - A mineira anglo-australiana Rio Tinto vai reduzir a mão-de-obra em
Moçambique, devido a perdas nas suas operações em 2012 e à previsão de um novo
cenário negativo este ano, anunciou hoje em comunicado a empresa.
Apesar de a nota de
imprensa não se referir ao número de trabalhadores que serão atingidos pela
medida, fontes ligadas ao processo disseram à Lusa em Maputo que serão
desvinculados da empresa mineira 76 trabalhadores, entre os quais 56
moçambicanos e 20 estrangeiros.
No comunicado, a
Rio Tinto Coal Mozambique (RTCM) adiantou que a diminuição de pessoal vai
afetar sobretudo a área de prospeção e pesquisa, no quadro das mudanças
organizacionais em curso na empresa.
PGR moçambicano diz
que criminalidade no país diminuiu 3,3 por cento em 2012
08 de Maio de 2013,
11:16
Maputo, 08 mai
(Lusa) -- O Procurador-Geral da República de Moçambique, Augusto Paulino, disse
hoje que a criminalidade diminuiu 3,3 por cento no país em 2012, mas considerou
"inquietante" o impacto dos crimes praticados com recurso a armas de fogo
e armas brancas.
Augusto Paulino
apresentou hoje o seu relatório anual na Assembleia da República.
Segundo o chefe
máximo do Ministério Público moçambicano, a instituição registou 39.861
processos-crime em 2012, contra 41.228 em 2011, uma redução de 3,3 por cento.
"Ainda que a
redução verificada traduza um desempenho positivo, o impacto dos crimes
praticados com recurso a armas de fogo e armas brancas inquieta os cidadãos,
sobretudo na cidade e província de Maputo, onde se registaram 167 e 114 casos,
respetivamente", afirmou Augusto Paulino.
O PGR moçambicano
indicou que os crimes contra a propriedade continuam a ser os mais praticados
em Moçambique, 24.741, seguidos dos crimes contra as pessoas, 9.508, e dos
crimes contra a honestidade, 3.390.
No seu informe aos
deputados do parlamento moçambicano, Augusto Paulino deu realce aos crimes de
rapto para exigência de resgate, apontando que o Ministério Público abriu 14
processos relativos a este crime em 2012 com 21 arguidos presos.
No mesmo ano, o
país continuou a ser palco do crime de tráfico de estupefacientes, que resultou
na abertura de 537 processos em 2012, contra 412 em 2011, tendo registado
também casos de tráfico de pessoas, homicídios e ofensas corporais para a
extração de órgão humanos.
Comentando o
relatório sobre a situação criminal no país, o porta-voz da bancada da Frente
de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, considerou-o
"muito positivo".
"A Frelimo faz
uma apreciação muito positiva do Informe Anual do PGR, porque o mesmo é
exaustivo e escalpeliza em pormenor sobre a situação da criminalidade no
país", disse Edmundo Galiza Matos Júnior.
Por seu turno, o
porta-voz da bancada da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal
partido da oposição, Arnaldo Chalaua, disse que o informe traduz a falta de
autoridade do PGR devido à sua ligação à Frelimo.
"O PGR está
refém de quem o nomeou, que é o chefe do Estado e presidente do partido no
poder. No seu relatório, não tem a coragem de se referir aos crimes económicos
praticados pela nomenclatura no poder", disse Arnaldo Chalaua.
PMA // VM
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